Deputado
tucano defende unificação das polícias civil e militar, carreira única e
desmilitarização das polícias. Para ele o objetivo da segurança é o cidadão e
não autoridades
O
deputado federal Delegado Waldir (PSDB-GO) é defensor da proposta feita por seu
colega de bancada, Celso Russomano, de São Paulo, de que as forças de segurança
pública no Brasil sejam unificadas em uma só polícia com a consequente
desmilitarização das polícias militares e um ataque frontal aos privilégios que
existem hoje. “Será necessário combater todo tipo de corporativismo e olhar
voltado para o próprio umbigo se quisermos superar os graves problemas que
temos hoje e que afligem tanto os cidadãos”.
O
deputado recordista de votos em Goiás é incisivo ao dizer que o modelo que está
em vigor atualmente é ultrapassado e não soluciona a grande insegurança que
aflige tanto os brasileiros. “Somente para atender situações de emergência
temos telefones distintos, como para a PM e para a Polícia Civil. Quando se
trata de investigar a situação é igualmente caótica, com falta de efetivos, de
logística e de pessoal disponível e preparado para tal. É uma temeridade muito
grande”.
O
debate que está em pauta no Congresso Nacional, com base na proposta de emenda
constitucional e que divide opiniões é a hora precisa para ser feita uma
revisão completa no modelo de segurança pública que os brasileiros pretendem,
considera Delegado Waldir. Para ele é necessário acabar com privilégios de
delegados de polícia, seja civil ou federal, além de eliminar também os
privilégios de oficiais das polícias militares que hoje sugam recursos
imprescindíveis para a segurança pública.
“Não
podemos permitir que vantagens e sentimentos corporativistas continuem a ser
mais importantes que a segurança que precisa garantir aos cidadãos uma vida
digna e sem sentimento de insegurança como o que assistimos hoje em dia”,
frisa. O deputado quer que a discussão evolua sem as amarras de corporações que
defendem suas conquistas em detrimento de quem paga a segurança: o cidadão.
Abandono
A
sociedade é quem paga as instituições para garantir sua segurança, lembra o
deputado. Por isto é essa mesma sociedade que precisa ser ouvida para que as
definições sejam tomadas. O deputado tucano lembra que as polícias
militares afirmam em sua defesa que existem há mais de 150 anos. Por seu turno
as polícias civis também alegam sobrevivência secular para manter seus
privilégios.
“Precisamos
lembrar que esse modelo que existe está superado e que não deu conta de manter
a segurança, com uma criminalidade sempre crescente e que empareda as
autoridades. As polícias precisam ser unificadas, sem o militarismo que
preconiza uma escola para a guerra e que todos tenham condições de almejar
evoluir na carreira sem que tenham de superar privilégios e castas que se
julgam superiores a todos”, explica.
A
discussão terá de evoluir para a definição no Congresso Nacional e que a última
palavra seja dada pela população através de uma consulta popular. “Quem paga a
estrutura do estado é o maior beneficiário e quem deve decidir em última
instância”, finaliza.
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