domingo, 20 de setembro de 2015

PROFESSORES DA FFLCH-USP LANÇAM MANIFESTO EM DEFESA DA DEMOCRACIA

Professores da FFLCH-USP lançam manifesto em defesa da democracia setembro 19, 2015 17:41 Professores da FFLCH-USP lançam manifesto em defesa da democracia Veja também Reforma Política: onde estamos agora? 0 20.set Mídia brasileira, uma grande Fox News 0 20.set 10 escolas que estão transformando suas realidades 0 20.set De acordo com o texto, “o momento exige responsabilidade e discernimento para propor alternativas sérias de combater os efeitos da crise mundial e não alimentar a instabilidade política por meio de ameaças ao voto popular”. Confira a íntegra do documento Por Redação* Professores da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH – USP) divulgaram um documento no qual reafirmam a defesa da democracia e repudiam as tentativas de se retirar Dilma Rousseff da presidência da República. “É preciso reafirmar que quaisquer tentativas de retirar a Presidente Dilma Rousseff, eleita democraticamente, antes do fim de seu mandato, pode levar o país a uma situação insustentável do ponto de vista social e político. O Brasil não precisa disso, muito menos seu povo, que enfrenta as duras consequências de uma crise econômica e financeira que afeta o mundo hodierno”, diz o documento. Confira abaixo a íntegra e também os signatários. Manifesto pela Democracia Editoriais e manifestações de políticos de oposição procuram ampliar o escopo de um golpe na Democracia brasileira. É preciso estar alerta e pronto a evitar ameaças à vontade popular, expressa nas últimas eleições presidenciais. O caos que uma ação dessa ordem traria pode afetar radicalmente os rumos do país. Por isso, é uma irresponsabilidade social e política inflar um movimento que pode causar profundas rupturas na sociedade brasileira, com consequências econômicas, sociais, culturais e políticas que podem ser desastrosas. Nos últimos anos, partidos progressistas foram eleitos em vários países da América Latina. Ainda que muitos deles propusessem uma pauta moderada frente ao quadro de desigualdade social presente no mundo atual, conseguiram aplicar reformas que as diminuíram. Além disso, implantaram programas sociais que aumentaram a capacidade de emitir opinião de camadas sociais que não tinham como aferir sua situação no mundo diante da condição de miséria, desinformação e fome que viviam. De modo articulado, assistiu-se um roteiro que seguiu os dirigentes progressistas de países da América do Sul, com agressões duras contra a Democracia. Governos eleitos na Venezuela, no Equador, na Bolívia, na Argentina e no Paraguai enfrentaram momentos difíceis que resultaram em países polarizados. Esse modo de operar chegou ao Brasil, mas com uma agravante: um ódio descabido ao partido que aplicou as mudanças sociais no país. Como a história só se repete como farsa e como a política possui especificidades nacionais, causa muita preocupação o acirramento de tensões que, de algum modo, estavam acomodadas. No caso brasileiro, a irracionalidade trazida pelo ódio já tem resultado em agressões verbais e até físicas de cidadãos que simplesmente ostentam roupas de cor vermelha em situações as mais inusitadas. Isso não pode continuar. É preciso aprimorar o uso do potencial energético, dos recursos naturais e da capacidade produtiva no campo e nas cidades brasileiras para melhorar a vida da população por meio da criação de novas relações sociais e com o ambiente. O Brasil possui enormes vantagens nessa corrida tecnológica dada suas condições naturais, que garantem RESERVAS de biodiversidade, petróleo, água, solo, sol e vento. Esses atributos devem ser usados de modo inteligente para alçar o país a um novo patamar de produção e distribuição de riqueza em vez de manter-se como simples provedor de produtos primários. É preciso reafirmar que quaisquer tentativas de retirar a Presidente Dilma Rousseff, eleita democraticamente, antes do fim de seu mandato, pode levar o país a uma situação insustentável do ponto de vista social e político. O Brasil não precisa disso, muito menos seu povo, que enfrenta as duras consequências de uma crise econômica e financeira que afeta o mundo hodierno. O momento exige responsabilidade e discernimento para propor alternativas sérias de combater os efeitos da crise mundial e não alimentar a instabilidade política por meio de ameaças ao voto popular. 1) Wagner Costa Ribeiro – Professor – Departamento de Geografia – USP 2) Flavio Aguiar – Professor – USP 3) Adrián Pablo Fanjul – Professor – Departamento de Letras Modernas – USP 4) Marcello Modesto – Professor – Departamento de Linguística – USP 5) Ligia Chiappini Moraes Leite – Professora – USP 6) Fabio Cesar Alves- Professor – DLCV – USP 7) Gloria Alves – Professora – Departamento de Geografia – USP 8) Rita Chaves – Professora – DLCV/FFLCH – USP 9) Marcos Silva – Professor – Departamento de História – USP 10) Luis Roncari – Professor – DLCV – USP 11) Ricardo Musse – Professor – DS – USP 12) Olga Ferreira Coelho Sansone – Departamento de Linguística – USP 13) Homero Santiago – Departamento de Filosofia – USP 14) Ieda Maria Alves – DLCV – USP 15) Tercio Redondo – DLM – USP 16) João Adolfo Hansen – DLCV- FFLCH- USP 17) Luís César Oliva – Professor USP 18) Neide Maia González – FFLCH – USP 19) Heloísa Pezza Cintrão DLM/FFLCH/USP 20) Kabengele Munanga Dpto.Antropologia – USP 21) Beatriz Raposo de Medeiros – FFLCH – USP 22) Cilaine Alves Cunha – Literatura Brasileira – FFLCH – USP 23) Renato da Silva Queiroz – FFLCH-USP 24) Rosangela Sarteschi – DLCV – USP 25) Sheila Vieira de Camargo Grillo – DLCV – USP 26) Marta Inez Medeiros Marques – DG – USP 27) Sylvia Bassetto – DH – USP 28) Beatriz Daruj Gil – DLCV – USP 29) Gustavo Venturi – DS – USP 30) Paula Marcelino – professora – Departamento de Sociologia – USP 31) María Zulma M. Kulikowski – DLM – USP 32) Elisabetta Santoro – DLM – USP 33) Vima Lia de Rossi Martin – DLCV – USP 34) Pablo Schwartz – DLCV – USP 35) Fabio Contel – DG – USP 36) Léa Francesconi, professora, DG-FFLCH-USP 37) Valeria De Marco – DLM/FFLCH-USP 38) Adma Muhana – FFLCH-DLCV-USP 39) José Pereira de Queiroz Neto – DG – USP 40) Manoel Luiz Gonçalves Corrêa – DLCV – FFLCH – USP 41) Waldir Beividas – DL- USP 42) Rita de Cássia Ariza da Cruz – Departamento de Geografia – FFLCH/USP 43) Ivan Marques – DLCV / FFLCH – USP 44) Mónica Arroyo – DG – USP 45) Homero Freitas de Andrade – DLO – FFLCH – USP 46) Maria Helena Pereira Toledo Machado – FFLCH – USP 47) André Martin – DG – USP 48) Iris Kantor – DH – USP 49) Fernanda Padovesi Fonseca – DG – USP 50) Cristina Wissenbach – DH / FFLCH/ USP 51) Zilda Aquino – DLCV – USP 52) Ana Paula Hey – Departamento de Sociologia/FFLCH/USP 53) Sidney Calheiros de Lima – DLCV – USP 54) Lucia Wataghin – DLM/FFLCH/USP 55) Sergio Miceli – FFLCH – USP 56) Horacio Gutiérrez, professor titular Depto. de História – FFLCH – USP *via Carta Maior

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