Para presidente do Sinpol, Pernambuco parece estar voltando aos tempos de ditadura
Publicado em 01.08.2012, às 10h32
Os policiais estão em greve desde o último dia 23
Foto: Alexandre Severo/JC Imagem
Do NE10
Depois de decisão do desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) Silvio de Arruda Beltrão de solicitar à Polícia Militar que disponibilize a força necessária para impedir a realização da passeata dos policiais civis grevistas marcada para a tarde desta quarta-feira (1º), o presidente do sindicato que representa a categoria (o Sinpol), Cláudio Marinho, afirmou nesta manhã que o Estado parece estar voltando aos tempos de ditadura, em que, nas palavras dele, nenhum trabalhador tem direito de se expressar democraticamente.
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A Polícia Civil está em greve desde o último dia 23, mesmo depois de outra decisão judicial que determinou a ilegalidade do movimento no mesmo dia em que foi iniciado. Cláudio Marinho defende o Sinpol afirmando que o sindicato só foi notificado na sexta-feira (27). "Temos o prazo de 10 dias para recorrer e ainda não houve julgamento. Uma passeata que havia sido deliberada antes do comunicado pode ser interpretado como desrespeito à ordem do TJPE", explicou.
Marinho disse ainda estranhar a posição do Judiciário sobre o caso. Para ele, existem dois erros. O principal deles seria que o desembargador não mediu as consequências da decisão ao colocar em confronto as classes responsáveis pela defesa da população. "Uma briga entre as polícias não é bom para a segurança pública, já que prejudica o Pacto pela Vida; também não é bom para a sociedade nem para as duas categorias." Marinho disse ainda que "o governo mostra dessa forma que não tem habilidade de negociar e, quando não tem, usa da força para impedir os movimentos, sem medir as consequências".
SEGURANÇA - Para garantir a segurança no protesto, o Sinpol pediu aos policiais que não fossem armados e, segundo o presidente, vai verificar quem realmente faz parte do movimento. "Vamos evitar que culpem os policiais civis caso aconteça alguma confusão."
Marinho afirmou que, se acontecer algum incidente a um policial civil, vai responsabilizar o desembargador Silvio de Arruda Beltrão e o Governo de Pernambuco. "Vamos comunicar a decisão ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e pedir avaliação sobre o caso. Também estamos em contato com a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) para pedir que enviem um representante dos direitos humanos como observador", alertou.
A passeata pela Zona Norte da capital vai sair da sede do Instituto de Criminalística (IC), na Rua Odorico Mendes, no bairro de Campo Grande, às 14h, e seguir pela Estrada de Belém até a sede do Governo do Estado, que funciona, excepcionalmente, no Centro de Convenções. Depois, uma assembleia decide os próximos passos do movimento grevista.
PAUTA - A reivindicação é por reajuste salarial de 65%, adicional noturno, horas-extras, vale-refeição e melhorias de locais de trabalho e equipamentos de segurança, como coletes à prova de bala, entre outras medidas. Eles pedem que o salário em Pernambuco seja o segundo melhor do País e primeiro lugar no Nordeste, passando o inicial de Sergipe, que é de R$ 4150.
Publicado em 01.08.2012, às 10h32
Os policiais estão em greve desde o último dia 23
Foto: Alexandre Severo/JC Imagem
Do NE10
Depois de decisão do desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) Silvio de Arruda Beltrão de solicitar à Polícia Militar que disponibilize a força necessária para impedir a realização da passeata dos policiais civis grevistas marcada para a tarde desta quarta-feira (1º), o presidente do sindicato que representa a categoria (o Sinpol), Cláudio Marinho, afirmou nesta manhã que o Estado parece estar voltando aos tempos de ditadura, em que, nas palavras dele, nenhum trabalhador tem direito de se expressar democraticamente.
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A Polícia Civil está em greve desde o último dia 23, mesmo depois de outra decisão judicial que determinou a ilegalidade do movimento no mesmo dia em que foi iniciado. Cláudio Marinho defende o Sinpol afirmando que o sindicato só foi notificado na sexta-feira (27). "Temos o prazo de 10 dias para recorrer e ainda não houve julgamento. Uma passeata que havia sido deliberada antes do comunicado pode ser interpretado como desrespeito à ordem do TJPE", explicou.
Marinho disse ainda estranhar a posição do Judiciário sobre o caso. Para ele, existem dois erros. O principal deles seria que o desembargador não mediu as consequências da decisão ao colocar em confronto as classes responsáveis pela defesa da população. "Uma briga entre as polícias não é bom para a segurança pública, já que prejudica o Pacto pela Vida; também não é bom para a sociedade nem para as duas categorias." Marinho disse ainda que "o governo mostra dessa forma que não tem habilidade de negociar e, quando não tem, usa da força para impedir os movimentos, sem medir as consequências".
SEGURANÇA - Para garantir a segurança no protesto, o Sinpol pediu aos policiais que não fossem armados e, segundo o presidente, vai verificar quem realmente faz parte do movimento. "Vamos evitar que culpem os policiais civis caso aconteça alguma confusão."
Marinho afirmou que, se acontecer algum incidente a um policial civil, vai responsabilizar o desembargador Silvio de Arruda Beltrão e o Governo de Pernambuco. "Vamos comunicar a decisão ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e pedir avaliação sobre o caso. Também estamos em contato com a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) para pedir que enviem um representante dos direitos humanos como observador", alertou.
A passeata pela Zona Norte da capital vai sair da sede do Instituto de Criminalística (IC), na Rua Odorico Mendes, no bairro de Campo Grande, às 14h, e seguir pela Estrada de Belém até a sede do Governo do Estado, que funciona, excepcionalmente, no Centro de Convenções. Depois, uma assembleia decide os próximos passos do movimento grevista.
PAUTA - A reivindicação é por reajuste salarial de 65%, adicional noturno, horas-extras, vale-refeição e melhorias de locais de trabalho e equipamentos de segurança, como coletes à prova de bala, entre outras medidas. Eles pedem que o salário em Pernambuco seja o segundo melhor do País e primeiro lugar no Nordeste, passando o inicial de Sergipe, que é de R$ 4150.
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