sábado, 19 de janeiro de 2019

VÃO PISAR MAIS AINDA NO FORMIGUEIRO?

Vão pisar mais ainda no formigueiro?

O líder do PSL, ajuntamento de apoio a Jair Bolsonaro, um certo “Delegado Waldir”, deu hoje uma declaração que vai ajudar a complicar ainda mais a situação de Flávio Bolsonaro:
O Flávio não é investigado ainda. O Ministério Público está fazendo terrorismo. Me estranha o Ministério Público trazer provas a conta-gotas. Essa atitude do Ministério Público é covarde. O MP tem que mostrar tudo, mas não pode ficar brincando com a honra das pessoas, não pode desrespeitar os direitos constitucionais das pessoas. Se existe alguma coisa contra o Flávio, que se mostrem os fatos, não pode ficar com essa palhaçada de ações a conta-gotas. O MP chama a imprensa a todo momento e tenta criar um fato.
Devo estar enganado, mas não era essa a turma que endeusava a “devassa” na vida dos políticos?
Agora é “terrorismo”?
Quanto a “mostrar os fatos”, qual é o impedimento de que Flávio Bolsonaro “mostre tudo”?
Algo o impede de dizer a razão de estar amedrontado com a investigação?
O vazamento de informações, antes saudado como “liberdade de imprensa” agora virou tentativa de “criar um fato”?
Como é que o “o1” explica os depósitos “em alta velocidade”, anônimos, em sua conta? Também vendeu carros?
Flávio Bolsonaro é um homem público, não um particular que pudesse fazer os seus “rolos” sem maiores consequências.
Todos os excessos do Ministério Público que se vem apontando há anos, desde que seu poder de investigação passou a ser quase que totalmente desvinculado de controle judicial, agora que atingiram a “turma da bala” são uma violação dos direitos do cidadão?
O Coaf, que o agora passou a ser maldito, está sob o comando de Sérgio Moro e cansou de ser acionado pelo MP durante a Lava Jato.
Tudo pode, porém, ser resolvido com facilidade. Basta, com ou sem ordem do pai, Flávio Bolsonaro apresentar uma “história plausível” não só para os depósitos como – e sobretudo – para a origem de R$ 96 mil em dinheiro vivo recebido em cinco dias de um único mês.
Será que não inventaram cheque, TED, DOC ou depósito normal, ainda?
Há 35 dias espera-se a tal explicação dos Bolsonaro sobre os mistérios bancários do gabinete de Flávio.
Apostaram no silêncio, não podem reclamar do barulho, agora…
Aliás, seria bom que prestassem atenção numa musiquinha cantada nas manifestações do seu tão odiado MST: “quem não pode com a formiga, não assanha o formigueiro”…

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