GOVERNADORES
Camilo Santana buscará relação institucional com governo federal
Governador reeleito do Ceará afirma que continuará apostando no diálogo. Irmãos Cid e Ciro Gomes participaram do ato de posse. No Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra fala em "transformação social"
por Redação RBA publicado 01/01/2019 20h12
Senadora Fátima Bezerra, do Rio Grande do Norte, foi a única mulher eleita governadora em 2018
São Paulo – Reeleito governador do Ceará com quase 80% dos votos, Camilo Santana (PT) disse que vai procurar uma "relação institucional, de respeito", com o governo federal, lembrando que, da mesma forma que agora ele representa todos os cearenses, Jair Bolsonaro é presidente de todos os brasileiros. "Eu sou um homem de diálogo. Vivemos numa federação", afirmou em entrevista coletiva logo depois da cerimônia na posse, na Assembleia Legislativa, na tarde desta terça-feira (1º). "Sou intransigente defensor da democracia e prego o diálogo sempre como melhor caminho."
São Paulo – Reeleito governador do Ceará com quase 80% dos votos, Camilo Santana (PT) disse que vai procurar uma "relação institucional, de respeito", com o governo federal, lembrando que, da mesma forma que agora ele representa todos os cearenses, Jair Bolsonaro é presidente de todos os brasileiros. "Eu sou um homem de diálogo. Vivemos numa federação", afirmou em entrevista coletiva logo depois da cerimônia na posse, na Assembleia Legislativa, na tarde desta terça-feira (1º). "Sou intransigente defensor da democracia e prego o diálogo sempre como melhor caminho."
Santana disse que pretende manter o Ceará como o estado que "mais faz investimento público no Brasil". Ele afirmou que, apesar da crise econômica, tem conseguido manter o estado "equilibrado, que paga rigorosamente em dia seus servidores". Entre os presentes, citados pelo governador, estavam o senador eleito Cid Gomes e o ex-ministro e candidato à Presidência Ciro Gomes.
A maior bancada da Assembleia cearense é do PDT, com 14 dos 46 deputados. O PT, partido do governo, tem quatro, assim como o MDB.
Candidato derrotado no segundo turno da eleição presidencial, Fernando Haddad (PT) venceu na região Nordeste, onde o partido reelegeu ainda Rui Costa, na Bahia, e Wellington Dias, no Piauí. O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), também foi reconduzido ao cargo, assim como Paulo Câmara (PSB) em Pernambuco.
"Sem donos"
Única mulher a se eleger governadora, Fátima Bezerra (PT) também defendeu o diálogo e "relação construtiva com os demais poderes", e afirmou que seu compromisso é fazer uma gestão como "instrumento de transformação social", mesmo com um "legado dramático", com dívida estimada em R$ 2,6 bilhões e atraso no pagamento dos servidores.
"Não queremos apenas inverter prioridades, queremos promover uma educação democrática e libertadora, uma segurança cidadã, uma saúde humanizada, a participação popular e a transparência como princípios norteadores das políticas", afirmou Fátima, que era senadora. "Quero dizer a vocês que minha dedicação será integral, minha disposição será absoluta e que meu compromisso é inegociável em fazer do Rio Grande do Norte um estado mais justo, que trate com dignidade o seu povo."
"A população disse que este estado não tem mais donos e que mesmo na adversidade nós devemos ter esperança", declarou a governadora quase ao final do discurso. Ela foi eleita com 57,5% dos votos. Seu vice é Antenor Roberto, do PCdoB.
Direitos humanos
No Maranhão, Dino afirmou que a humanidade vive uma era estranha: "Um dos países mais poderosos do mundo anunciou retirada da Unesco, não participa mais porque considera que essa instituição é um estorvo, um embaraço. E nesses tempos estranhos há quem considere os direitos humanos uma maldição, eu acredito que sem eles não há desenvolvimento. Porque se não garantirmos que a riqueza produzida seja aplicada em justiça social, podemos ter crescimento econômico, mas jamais uma sociedade desenvolvida e digna."
O governador maranhense também falou sobre "diálogo democrático" na relação política. "Somente fascistas acreditam na guerra, no ódio e nas armas. Democratas acreditam no diálogo, somente mediante o entendimento dos que pensam diferente podemos atender a objetivos mais elevados", declarou.
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