247 - A historiadora Adriana Salay denunciou que o Brasil está enfrentando a volta de um estado de fome epidêmica, à Folha de S. Paulo. Segundo ela, essa situação só se resolve com a mobilização da sociedade civil.
“Se esse Estado que está hoje colocado não entende que essa população precisa sair da situação de fome, temos que fazer uma mobilização da sociedade civil e criar esse enfrentamento com o Estado”, afirma.
Ela e o marido, Rodrigo Oliveira, chef do restaurante Mocotó, criaram o projeto Quebrada Alimentada, que distribui 200 marmitas por dia e 220 cestas básicas por mês desde o início da pandemia do novo coronavírus.
Em entrevista ao jornal paulista, Salay falou sobre o livro “Geografia da Fome”, estudioso brasileiro e ex-presidente do Conselho Executivo da FAO (órgão de agricultura e alimentação da ONU).
Segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 37% das famílias viviam em insegurança alimentar em 2018. Essa porcentagem era de 23% em 2013.
O Relatório Global de Crises Alimentares, do Programa Mundial de Alimentação (PMA), da ONU, que ganhou o Nobel da Paz, apontou que a pandemia pode fazer o número de pessoas em insegurança alimentar duplicar no mundo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário