sexta-feira, 19 de julho de 2019

COMO CRESCER, SEM INVESTIMENTOS?

Vai crescer como, sem investimentos?

O gráfico publicado pelo G1 sobre os investimentos no Brasil é um “precisa desenhar?” sobre a estagnação da economia brasileira.
A primeira evidência: a “enxurrada de investimentos privados” que viria com o impeachment e o fim dos governos do PT foi, de fato, uma maré vazante.
A segunda: sem crescimento do consumo – desemprego, redução da massa salarial, etc – e do investimento público, não há razão para que o investimento privado suba.
A terceira: a falta de correspondência entre o consumo real e o consumo projetado quando cresciam, até 2015, criou capacidade ociosa (mais custo, menos empregos) além de custos financeiros da expansões realizadas e frustradas.
A quarta: por isso, praticamente anula a necessidade de novos investimentos produtivos, mesmo com pequenos espasmos de recuperação nas vendas.
Não há, portanto, perspectivas de recuperação econômica sustentável nos próximos anos, salvo por improváveis mudanças na política econômica contracionista adotada desde 2015.
Liquidaram-se as megaconstrutoras (a construçãocorresponde a quase metade do investimento no Brasil), matou-se a industria naval que renascia e só deus sabe como o acordo com a União Europeia vai impactar a industria, especialmente o setor de máquinas e equipamentos.
Tudo o que vem sendo especulado – e só especulado, mesmo – é remendo.

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