Nem distância, nem sigilo. Investigação com Moro é promíscua
Leandro Colon, um sujeito moderadíssimo em suas opiniões, recupera hoje na Folha as expressões literais do Sr. Sergio Moro ao depor no Senado, garantindo que se mantinha afastado das investigações sobre os supostos “hackers”e que estas eram sigilosas.
Uma delas, entre outras de igual teor, proferidas no dia 19 de junho:
“Relativamente à investigação, são duas questões: a investigação é sigilosa. Então, não se pode informar fatos relativos a essa investigação, sob risco de ineficácia; e, dois, eu, como ministro da Justiça, não tenho o papel de, vamos dizer assim, atuar nessas investigações diretamente. Meu papel é mais estrutural”
Pouco mais de um mês depois, a “investigação sigilosa” publicava, via Globo, a íntegra dos depoimentos dos presos.
E o próprio Moro ligava para pessoas supostamente hackeadas – embora não citadas pelos “hackeadores” ao depor para avisá-los e tranquiliza-los com a informação de que os arquivos seriam destruídos.
A grita foi tamanha que a própria PF teve e desmenti-lo.
Porque ele próprio desmentiu-se, como observa Colon: “O Moro do Twitter desmentiu o do Senado.”
É o estranho caso de uma mentira desmentir outra mentira.
A presença de Moro, no cangote da PF que comanda, contamina toda esta história, que segue mal contada.
De verdade, em tudo isso, só o que não se contesta mais é a veracidade do conteúdo dos vazamentos.
Estes, sim, oro tem a obsessão de destruir.
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