quarta-feira, 22 de julho de 2015

Temer: Oposição deve se opor por mérito, não porque perdeu a eleição - Portal Vermelho

Temer: Oposição deve se opor por mérito, não porque perdeu a eleição - Portal Vermelho

PT lança nome de Lula para 2018, com defesa do presidente da legenda e divulgação oficial do partido

PT lança nome de Lula para 2018, com defesa do presidente da legenda e divulgação oficial do partido

Stedile e o Papa, a Haddad: poder ao povo! | Conversa Afiada

Stedile e o Papa, a Haddad: poder ao povo! | Conversa Afiada

Brasil produz etanol de 2ª geração. E põe Bláblárina a nocaute! | Conversa Afiada

Brasil produz etanol de 2ª geração. E põe Bláblárina a nocaute! | Conversa Afiada

Quero ver o TCU condenar as pedaladas …​ | Conversa Afiada

Quero ver o TCU condenar as pedaladas …​ | Conversa Afiada

Alemanha: o coração do capitalismo europeu (Parte I)

Alemanha: o coração do capitalismo europeu (Parte I)

Justiça Federal entende que magistrados estão dispensados das exigências do Estatuto do Desarmamento para porte de arma de fogo

Justiça Federal entende que magistrados estão dispensados das exigências do Estatuto do Desarmamento para porte de arma de fogo

quinta-feira, 16 de julho de 2015

A PF tem agenda própria. Fora da Democracia! | Conversa Afiada

A PF tem agenda própria. Fora da Democracia! | Conversa Afiada

NÃO ADIANTA: GOLPE É GOLPE


Não adianta mentir: golpe é golpe


mendes-e-moro

Setores da mídia vem flertando, há meses, com o que poderíamos chamar de "mentira suprema".
É a sua "ultimate lie": a última grande mentira.
A mentira de que o golpe não é golpe.
O julgamento de contas pelo TCU, um dos pretextos que os golpistas, na política e na mídia, querem usar para derrubar uma presidenta eleita com 54 milhões de votos, é estrondosamente patético.
O presidente do TCU, Augusto Nardes, é um político de direita que age - acintosamente - conforme os ditames da mídia.
O fato de ligar, frequentemente, para um dos blogueiros de terceiro escalão da Veja, um dos mais escatológicos e golpistas, para "explicar" suas posições, é prova eloquente de sua total desqualificação para julgar com isenção as contas do governo.
Além do mais, os motivos - as pedaladas fiscais - são ridículos. Dilma foi a presidente mais "caxias" desde a redemocratização.
As "pedaladas fiscais" foram transações burocráticas entre União e Caixa para bancar os maiores e mais bem sucedidos programas sociais do mundo. Não houve nenhuma perda financeira. A Caixa pagou o Bolsa Família, conforme exige o contrato que ela tem com o governo, e em seguida foi devidamente ressarcida pelo Tesouro.
É o cúmulo da hipocrisia que os tucanos, que arrebentaram com as contas públicas nacionais com todo o tipo de pedalada, como a manutenção do dólar com fins eleitorais, empréstimos não-republicanos aos compradores de nossas estatais, empréstimos suspeitos ao sistema bancário (Proer), etc, agora queiram derrubar a Dilma porque a Caixa pagou - e depois foi ressarcida - o bolsa família.
Quer dizer que FHC pode dar 100 bilhões de reais, dinheiro público, para uma dúzia de banqueiros incompetentes (Proer), e Caixa não pode pagar o bolsa família para milhões de famílias - que dependem do programa para alimentar suas crianças - e depois ser ressarcida, com juros e correção monetária, pelo governo?
No caso de Aécio Neves, a cabeça física do golpe, as denúncias contra as suas infinitas pedaladas durante as gestões do PSDB em Minas, hoje blindadas e abafadas pela mídia, o desmoralizam completamente.
Essas denúncias estão sendo retidas desesperadamente pela mídia, porque atrapalhariam a manipulação da opinião pública em escala máxima que é preciso ser feita para convencer os brasileiros de que o golpe contra Dilma não é golpe, e que os golpistas têm alguma autoridade moral para derrubar a presidenta da república eleita pela maioria do povo brasileiro.
Mas a mídia não conseguirá reter essas denúncias por muito mais tempo. Se você conversar com qualquer jornalista de Minas, ouvirá uma sequência de denúncias contra o PSDB que nunca foram devidamente apuradas.
Quanto ao TSE, as movimentações de Gilmar Mendes, relator das contas de Dilma, são ridiculamente tendenciosas e golpistas.
Aí também temos o golpismo em estado puro.
A Lava Jato, desde que, de uma operação importante, degenerou num perigoso espetáculo de circo, e numa venenosa conspiração midiático-judicial, pretendeu, desde que seus condutores enveredaram para o golpismo mais descarado, transformá-la em instrumento da oposição para derrubar o governo e violar a soberania do voto.
O vazamento seletivo de informações que pudessem desgastar o governo (inclusive às vésperas da eleição), a omissão de todas as informações que afetavam a oposição, e o método espúrio - prisão preventiva e outras violências judiciais como forma de tortura para arrancar delações forjadas - escancararam a sua agenda golpista.
A manipulação de pesquisas eleitorais também serve ao golpe. Porque não se pode defender derrubada de presidente com base em pesquisa de popularidade.
Eu também desaprovo várias escolhas de Dilma, e não lhe daria "Ótimo e Bom".
Mas ela - com todos os seus erros políticos - é a presidenta na qual eu votei.
Assim pensa o povo: Dilma pode estar numa má fase, pode ser ruim, etc, mas votamos nela, então respeitem o nosso voto!
É a "nossa" presidente ruim, e preferimos mil vezes ela do que o presidente "bom" deles.
O presidente "bom deles", Aécio Neves, ou qualquer outro tucano, a gente acha o fim do mundo.
Não é tão complicado!
O eleitor, em qualquer democracia do mundo, pensa da seguinte maneira: o PT pode ser uma merda, mas é uma merda mil vezes melhor do que o PSDB!
Se a oposição quiser oferecer coisa melhor ao Brasil, bem vindos!
Mas apresente seu candidato no momento certo, nas eleições de 2018.
Iremos avaliar todas as opções com seriedade.
Não votamos em Dilma ou no PT por nenhum fanatismo partidário.
Foi uma decisão racional, pensada com cuidado, com base nas informações que, todos nós, apuramos com infinitas dificuldades, em função da manipulação horrível que a mídia brasileira promove, sobretudo durante períodos eleitorais.
Se a oposição vier com propostas e nomes melhores do que o PT em 2018, poderá perfeita e democraticamente herdar o poder político federal.
O Brasil merece uma oposição melhor! Mais inteligente, mais propositiva, mais respeitadora das regras do jogo democrático, preocupada com nossa soberania energética e com os problemas persistentes de desigualdade social, mais independente em relação a essa mídia reacionária e golpista!
Reproduzimos o texto abaixo, via Conversa Afiada, de um advogado, que, a meu ver, reflete bem a indignação que toma conta de setores crescentes da comunidade jurídica contra esse golpismo ridículo, que procura tratar os brasileiros como trouxas e o país como uma república de bananas.
***
O QUE É GOLPE DE ESTADO?
Por Pedro Benedito Maciel Neto
Durante a evolução da história humana, as civilizações caracterizam-se por sempre estarem envolvidas num processo dialético, de transformações constantes. Não foram raras as mudanças estruturais e conjunturais nas sociedades de cada época, que por vezes quebravam uma linha evolutiva, em outras ocasiões apenas havia uma troca de comando no governo, ou mesmo uma evolução natural devida, principalmente, às circunstâncias e necessidades peculiares a cada momento histórico.
Temos lido diariamente que há em curso um “golpe”, esse golpe teria por objetivo apear do poder a Presidente Dilma Rousseff, banir o Partido dos Trabalhadores e instalar uma nova ordem. Há, por outro lado quem veja pertinência nisso tido e até quem defenda abertamente uma intervenção militar ou o impeachment da presidente eleita.
Bem, vou me ater ao conceito de “golpe de estado”.
O golpe de Estado é a usurpação do poder de forma ilegítima e ao contrário das revoluções, sobre o que podemos escrever noutro momento, tem um caráter pessoal, egoístico.
Ele busca a tomada do poder para atender o interesse de uma pessoa ou de um pequeno grupo que representa interesses que são contrários ou não são contemplados pelo Establishment Politico.
Ele ocorre quando os derrotados, descontentes e golpistas, incapazes de alcançar o poder pelo voto popular, buscam através de manobras políticas ou pela força, assumir a posição de Chefe de Governo e o fazem de uma forma ardilosa: buscam legalizar e legitimar a ruptura institucional instrumentalizando o Poder Legislativo e do Judiciário.
E, a meu juízo, infelizmente está em curso no país um golpe de Estado e o fato torna-se induvidoso, especialmente depois da reunião recente que ocorreu entre o Presidente da Câmara dos Deputados, do Ministro do STF Gilmar Mendes e do Deputado Paulinho da Força, cuja pauta foi o impeachment da presidente da república, a votação de suas contas eleitorais no Tribunal Superior Eleitoral e as de seu governo no Tribunal de Contas da União.
Esse fato é uma esculhambação aos valores republicanos. Por favor, não me censurem pelo uso do substantivo feminino “esculhambação”, pois ele representa precisamente a natureza dessa reunião (“circunstância ou condição em que há confusão; bagunça ou avacalhação:…”).
E essa esculhambação aos valores republicanos ocorreu no padrão contemporâneo de fazer politica (assim mesmo, com “pê” minúsculo): usando a mídia para dar contornos de fato positivo ou negativo conforme a conveniência. Tanto que a chamada do jornal FOLHA DE SÃO PAULO é reveladora “Cunha discute impeachment com ministro do Supremo.”.
O verniz civilizado e civilizatório rompe-se com facilidade em nossa sociedade quando interesses são contrariados, basta observarmos o que está acontecendo hoje no país, onde o moralismo publicado interesses impublicáveis.
1964, por exemplo, foi um golpe de Estado, pois um grupo que havia perdido as eleições presidenciais para Getúlio Vargas, para Juscelino Kubitschek e para Jânio Quadros que, ao lado dos maus militares, tomou para si o poder e tentaram rebatizar o evento nefasto de “revolução” e dar a ele contornos de legalidade e legitimidade controlando o congresso e o Judiciário.
O golpe de Estado é comum em locais cujas instituições são políticas fracas, onde não existe a certeza do cumprimento de todas as normas constitucionais no que diz respeito à sucessão dos cargos políticos ou à garantia dos direito individuais, o golpe de Estado foi muito comum na América Latina, África e Oriente Médio no decorrer do século XX. Seus principais agentes aparecem quase sempre como os novos salvadores da pátria, haja vista sempre acontecer algum distúrbio ou crise quando de um golpe de Estado.
Fato é que vivemos tempos sombrios, um tempo em que os golpistas lançam mão, mais uma vez como fizeram em 1954 e em 1964, da bandeira do combate a corrupção, mas, paradoxalmente, defendem a redução da maioridade penal, o impeachment, a ruptura institucional, etc.. Vivemos um tempo em que os “bolsonaros”, e imbecis de todo gênero, ofendem a presidência da república, pedem a morte de Jô Soares, fazem ofensas racistas a uma jovem jornalista.
Tenho escrito faz algum tempo que tudo isso faz parte de um encadeamento de fatos quais, na minha maneira de ver, são os responsáveis à inflexão conservadora, sombria mesmo, que estamos testemunhando no país. Trata-se da construção do golpe.
O golpe em curso possui uma metodologia curiosa: (a) a Judicialização da Politica; (b) a Politização do Poder Judiciário; (c) a espetacularização (midiatização) do que foi jucializado e, por fim, d) a criminalização da Politica, dos políticos e dos partidos políticos, tudo para justificar o golpe.
A sociedade tem de reagir a qualquer tentativa de golpe, pois estamos no século XXI, nossas instituições são fortes e uma ruptura institucional seria trágica para a nação.
Pedro Benedito Maciel Neto, 51, advogado, sócio da MACIEL NETO ADVOCACIA, autor de “Reflexões sobre o estudo do Direito”, ed. Komedi, 2007.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Na Grécia a dignidade venceu a cobiça

Há momentos na vida de um povo em que ele deve dizer Não, para além das possíveis consequências. Trata-se da dignidade, da soberania popular, da democracia real e do tipo de vida que se quer para toda a população.

Há cinco anos que a Grécia se debate numa terrível crise econômico-financeira, sujeita a todo tipo de exploração, chantagem e até terrorismo por parte do sistema financeiro, especialmente de origem alemã e francesa. Ocorria uma verdadeira intervenção na soberania nacional com a pura e simples imposição das medidas de extrema austeridade excogitadas, sem consultar ninguém, pela Troika (Banco Central Europeu, Comissão Européia e o FMI).
Tais medidas implicaram uma tragédia social, face à qual o sistema financeiro não mostrava nenhum sentido de humanidade. “Salve-se o dinheiro e que sofra ou morra o povo”. Efetivamente desde que começou a crise ocorreram mais de dez mil suicídios de pequenos negociantes insolventes, centenas de crianças deixadas nas portas dos mosteiros com um bilhete das mães desesperadas:”não deixem minha criancinha morrer de fome”. Um sobre quatro adultos estão desempregados, mais da metade dos jovens sem ocupação remunerada e o PIB caiu 27%. Não passa pela cabeça dos especuladores que atrás das estatíticas se esconde uma via-sacra de sofrimento de milhões de pessoas e a humilhação de todo um povo. Seu lema é “a cobiça é boa”. Nada mais conta.
Os negociadores do novo governo grego de esquerda, do Syriza, com o primeiro ministro Alexis Tsipras e seu ministro da fazenda um acadêmico e famoso economista da teoria dos jogos Yanis Varoufakis que quiseram negociar as medidas de austeridade duríssimas encontraram ouvidos moucos. A atitude era de total submissão:”ou tomar ou deixar”. O mais duro era o ministro das Finanças alemão Wolfgang Sträuble:”não há nada para negociar; apliquem-se as medidas”. Nem pensar numa estratégia do ganha-ganha, mas pura e simplesmente do ganha-perde. A disposição era de humilhar o governo de esquerda socialista, dar uma lição para todos os demais países com crises semelhantes (Italia, Espanha, Portugal e Irlanda).
A única saída honrosa de Tsipras foi convocar um referendo: consultar o povo sobre se diria um Não (OXI) ou um Sim (NAI). Qual a posição face à inflexibilidade férrea da austeridade que aparece totalmente irracional por levar uma nação ao colapso, exigindo uma cobrança da dúvida reconhecidamente impagável. O própro Governo propôs a consulta e sugeriu o Não. Os credores e os governos da França e da Alemanha fizeram ameaças, praticaram um verdadeiro terroismo nas palavras do ministro Varoufakis e falsificaram as informações como se o referundo fosse para ficar na zona do Euro ou sair, quando na verdade não se tratava nada disso. Apenas era de aceitar ou rejeitar o “diktat” das instituições financeiras européias. A Grécia quer ficar dentro da zona do Euroa.
A vitória de domingo dia 5 de julho foi espetacular para o Não: 61% contra 38% do Sim. Primeira lição: os poderosos não podem fazer o que bem entendem e os fracos não estão mais dispostos a aceitar as humilhações. Segunda lição: a derrota do Sim mostrou claramente o coração empedernido do capital bancário europeu. Terceiro, trouxe à luz a traição da Unidade Européia a seus próprios ideais que era a integração com solidariedade, com igualdade e com assistência social. Renderam-se à lógica perversa do capital financeiro.
A vitória do Não representa uma lição para toda a Europa: se ela quer continuar a ser súcuba das políticas imperiais norteamericanas ou se quer construir uma verdadeira unidade européia sobre os valores da democracia e dos direitos. O insuspeito semanário liberal Der Spiegel advertia que através da Sra. Merkel, arrogante e inflexível, a Alemanha poderia, já pela terceira vez, provocar uma tragédia européia. Os burocratas de Bruxelas perderam o sentido da história e qualquer referência ética e humanitária. Por vingança o Banco Central Europeu deixou de subministrar dinheiro para os bancos gregos continuarem a funcionar e os obrigou a fechar.
Uma lição para todos, também para nós: quando se trata de uma crise radical que implica os rumos futuros do país, deve-se voltar ao povo, portador da soberania política e confiar nele. A partir de agora os credores e as inflexíveis autoridades do zona do Euro terão pela frente não um governo que eles podem aterroizar e manpular, mas um povo unido que tem consciência de sua dignidade e que não se rede à avidez dos capitais. Como dizia um cartaz:”Se não morremos de amor, por que vamos morrer de fome”?
Na Grécia nasceu, pela primeira vez, a democracia mas de cunho elitista. Agora, nesta mesma Grécia, está nascendo uma democracia popular e direta. Ela será um complemento à democracia delegatícia. Isso vale também para nós no Brasil.
Um prognóstico, quiçá uma profecia: não estaria nascendo, a partir da Grécia, a era dos povos? Face às crises globais serão eles que irão às ruas, como entre nós e na Espanha e tentarão formular os parâmetros políticos e éticos do tipo de mundo que queremos para todos. Já não confiamos no que vem de cima. Seguramente o eixo estruturador não será a economia capitalista desmoronando, mas a vida: das pessoas, da natureza e da Terra. Isso realizaria o sonho do Papa Francisco em sua encíclica: a humanidade “cuidando da Casa Comum”.
Leonardo Boff é colunista do Jornal do Brasil on Line e ecoteólogo

domingo, 5 de julho de 2015

Contra ofensas que conservadores fazem a Lula e Dilma

Contra ofensas que conservadores fazem a Lula e Dilma

Diretor da PF ao Estadão: estamos prontos para o golpe


O Fernando Brito, do Tijolaço, escreveu há pouco sobre a entrevista do diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, ao Estadão.

Eu vou pegar o raciocínio de Brito e radicalizá-lo.
A entrevista de Daiello é típica da conjuntura atual, em que todas forças políticas de oposição, aí incluindo um setor aparentemente já hegemônico dentro da Polícia Federal, trabalham em harmonia para derrubar o governo.
Em resumo, Daiello disse o seguinte: "Estamos prontos para o golpe, e o ministro da Justiça não vai poder fazer nada".
E dá sinal verde para os delegados federais da seção Paraná desempenharem a sua parte no teatro da Lava Jato.
Sintomático que a entrevista se dê imediatamente após ao processo de auto-fritagem que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, protagonizou semana passada.
Cardozo deu entrevista, aos órgãos do golpe, em que fazia acusações a seu próprio campo político.
Ou seja, colaborou para o processo de criminalização do PT. E isso no auge da maior crise de imagem já vivida pelo partido.
Cardozo foi leviano, irresponsável e, sobretudo, traidor.
As críticas à maneira como a Lava Jato vem sendo conduzida não são apenas do PT.
Eu não sou do PT, por exemplo, e a critico.
A OAB não é petista e critica.
A comunidade jurídica não é petista e critica.
Um dos maiores penalistas do mundo, ex-ministro da suprema corte da Argentina, Raul Zaffaroni, não é petista e chamou a Lava Jato de golpe de Estado. Como a entrevista não foi publicada na Veja, nem no Globo, e sim na Carta Maior e no Cafezinho, o ministro da Justiça não deu bola.
Se um zé ruela acusar o ministro no Estadão, ele responde na hora, talvez com uma entrevista à TV Veja. Se o ex-ministro da suprema corte argentina e um dos maiores penalistas do mundo dá entrevista à mídia alternativa, Cardozo finge ignorar.
Até mesmo alguns setores da direita, que prefiro nem citar aqui, estão criticando o fascismo judicial por trás da Lava Jato.
Sergio Moro e os procuradores praticam chantagem e ameaça judicial, envolvendo até mesmo a família dos réus, para forçar delações premiadas, as quais são tratadas como provas e vazadas seletiva e ilegalmente à imprensa.
Réus são presos e depois a PF vai atrás de provas para incriminá-los. Qualquer coisa serve.
O ministro da Justiça lavou as mãos. E fez questão de fazê-lo na frente de todos.
Para cúmulo da cretinice, ainda vaza essa nota para Monica Bergamo, da Folha:
FullSizeRender (3)
É como se Cardozo não tivesse sequer o pudor de afirmar ao mundo: sou covarde mesmo, e daí?
O ministro da Justiça é mostrado como fraco, sem apoio no próprio partido (e o partido é mostrado como vilão, pelo próprio ministro), e covarde, com medo de apupos de algum zumbi midiático.
Em seguida, o diretor da Polícia Federal é mostrado como forte, o que significa mais um passo na direção de um golpe branco, preparado nos mínimos detalhes, e com várias frentes de ataque.
TCU, TSE, PF, Procuradoria, grande imprensa, houve um recrudescimento brutal dos ataques golpistas nas últimas semanas.
Estão cercando o governo por todos os lados, tentando asfixiá-lo com objetivo de violar a soberania do voto.
Estão tentando fazer rigorosamente o mesmo que Eduardo Cunha: não aceitando a derrota eleitoral e dispostos a dar um golpe parlamentar.
O governo permanece mudo, amedrontado, cumprindo apenas agendas conservadoras, afastando, com isso, as forças que poderiam lhe apoiar, como os movimentos sociais, sindicatos, militância de esquerda e o povão.
Também não cria uma agenda criativa e inteligente voltada à classe média, tratada estupidamente como um capital "já perdido".
O resultado é a erosão do capital político do governo junto às suas próprias bases.
O Brasil deve ser o único país do mundo onde a polícia política conspira e trabalha contra o próprio governo.
Enquanto isso, todas as grandes investigações da PF, notadamente aquelas ligadas à sonegação, sumiram do noticiário.

Por:

o

sábado, 4 de julho de 2015

Santayana: Obama não fez favor a Dilma ou ao Brasil

Santayana: Obama não fez favor a Dilma ou ao Brasil

3 de julho de 2015 | 20:41 Autor: Fernando Brito
coronelhorizontal
.Depois de passar um “sabão” na sabujice da repórter da Globo 
em artigo bem didático, destes que é pra dar para  pessoas 
raivosas marcarem verdadeiro ou falso, como nas provas 
colegiais, Mauro Santayana, em seu blog, lista as razões 
pelas quais Barack Obama tomou a palavra para corrigir 
a moça e sua grosseria:
“Ele o fez  porque se relacionava, a pergunta, a uma nação 
que é a quinta maior do mundo em tamanho e população, 
com um território maior do que a extensão continental dos 
EUA sem o Alaska.
Com um PIB que cresceu, segundo o Banco Mundial, de 
em 2014 .
Cujos nacionais dirigem organizações como a FAO ou a 
Organização Mundial do Comércio.
Que comanda as tropas da ONU no Haiti e no Líbano.
Que tem a mais avançada tecnologia de exploração de petróleo
 em alto-mar, é o segundo maior vendedor de alimentos do 
planeta, depois dos Estados Unidos, e o terceiro maior 
exportador de aviões.
Que pertence ao G-20 e ao BRICS – a única aliança capaz de 
fazer frente à  aliança “ocidental” e anglo-saxônica 
estabelecida nos últimos 200 anos, que é encabeçada, 
justamente, pelos Estados Unidos.
Que organiza a integração continental ao sul do Rio Grande, 
como principal nação da Celac, da Unasul, do Conselho de 
Defesa da América do Sul.
Que é a sétima maior economia do mundo, o oitavo país em 
reservas internacionais, a pouco menos de quinze bilhões de 
dólares da sexta posição e, segundo informações oficiais do 
tesouro norte-americano, o terceiro maior credor individual 
E, finalmente, porque se ficasse calado, diante da enorme  
obviedade da resposta, teria sido ele, Obama, a passar  
ridículo – como um anfitrião que permite, entre horrorizado 
e constrangido, que ocorra uma monstruosa “gaffe” em sua 
sala – e não a autora da pergunta.  
É, Santayana, mas nem “desenhando” assim funciona, porque
 tem gente que se compraz em reduzir o tamanho do Brasil, 
naquele “complexo de vira-latas” que o “cientista social” 
Nélson Rodrigues descreveu como “a inferioridade em que 
o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do 
mundo”.
Ou, como sugeria a publicidade dos anos 40 que ilustra o post,
 anda louco por um gole de “Coronel”