terça-feira, 8 de abril de 2025
O Brasil é dos brasileiros
O Brasil é dos brasileiros
Em 2026, o povo brasileiro deverá dizer um sonoro: MAGA é o caramba. Porque o Brasil é dos brasileiros e brasileiras
08 de abril de 2025, 05:51 h
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O Brasil é dos Brasileiros é a ideia força da campanha publicitária do governo Lula
O Brasil é dos Brasileiros é a ideia força da campanha publicitária do governo Lula (Foto: Redes sociais, divulgação )
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Por onde andarão os brasileiros com bonés vermelhos na cabeça com a inscrição MAGA – Make America Great Again? Estariam treinando seu inglês para pedir pipocas ou sorvetes na Disneylândia? Ou ensaiando o hino norte-americano para cantar enquanto batem continência para a bandeira do país do Tio Sam? A verdade é que, quando a conta do tarifaço de Trump chegar aos lares brasileiros, a história lhes cobrará.
Vem do país exemplo de capitalismo para eles, da pena do seu líder quase espiritual, do seu farol da liberdade, da sua infantaria anticomunista, as medidas mais protecionistas, mais antiliberais e contra o livre-comércio que nem mesmo a China comandada pelo Partido Comunista seria capaz de praticar.
A queda nas bolsas de valores registrada nesta segunda-feira foi um verdadeiro aperitivo perto do desarranjo na economia mundial que esse arroubo de imperador de Trump pode causar — caso ele não recue, como aliás é do seu costume.
A incerteza colocada por essas medidas nas planilhas e telas dos investidores não especulativos vai reduzir a atividade econômica planetária. Isso vai gerar desemprego. Inclusive nos Estados Unidos. Crise de abastecimento, com consequentes aumentos de preços e pressão inflacionária, vem a reboque.
Interessante seria ver alguns personagens da política brasileira fazendo vídeos para suas redes, mostrando o quanto subiram nos Estados Unidos os preços do café, dos automóveis — ou melhor, dos ovos — a partir do tarifaço de seu guru, Donald Trump.
Mas a verdade é que a política protecionista de Trump vai afetar — e muito — o Brasil. E não se trata apenas das sobretarifas. A nossa economia é bastante vulnerável aos acontecimentos no cenário mundial, e uma bagunça lá fora nos atingirá com força.
Contudo, ee o cálculo que esses apoiadores de Trump em território brasileiro estão fazendo é que eleitoralmente uma crise pode lhes ser favorável, penso que eles têm tudo para dar com os donkeys in the water. Trump está dando ao governo Lula o inimigo externo a ser enfrentado, assim como está mostrando a desgraça que a insensatez, os delírios e a irresponsabilidade dessa gente pode causar.
Em 2026, o povo brasileiro deverá dizer um sonoro: MAGA é o caramba. Porque o Brasil é dos brasileiros e brasileiras.
segunda-feira, 7 de abril de 2025
Cidade em que Bolsonaro cresceu, Eldorado elege o primeiro prefeito quilombola de SP
Cidade em que Bolsonaro cresceu, Eldorado elege o primeiro prefeito quilombola de SP
Vereador Noel Castelo foi eleito neste domingo (6) para comandar município a 243 quilômetros da capital paulista
07.abr.2025 às 12h34 São Paulo (SP)
Redação
Cidade em que Bolsonaro cresceu, Eldorado elege o primeiro prefeito quilombola de SP
Noel Castelo, o primeiro prefeito quilombola do estado de SP - Reprodução/Facebook/Prefeito Noel Castelo
A cidade de Eldorado, no Vale do Ribeira, onde Jair Bolsonaro (PL) passou parte da infância e adolescência, elegeu o primeiro prefeito quilombola do estado de São Paulo. O vereador Noel Castelo (Solidariedade) foi eleito neste domingo (6) para comandar o município que fica a 243 quilômetros da capital paulista.
Ele foi eleito com 41,87% dos votos válidos, à frente de Dr. Galindo (PSD), apoiado por setores mais conservadores, que obteve 37,85% dos votos válidos, e Dra. Débora (PT), com 20,27% .
A eleição foi convocada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após o então prefeito Elói Fouquet (PSDB) ter o seu mandato cassado após uma condenação por improbidade administrativa.
Em seu histórico, Neol Castelo já criticou as falas preconceituosas do ex-presidente sobre descendentes de escravizados que moram na região. Em 2017, Bolsonaro disse que os quilombolas “não fazem absolutamente nada”. “Eu fui em Eldorado paulista. O afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Não fazem nada. Nem para procriador ele serve mais”, afirmou em palestra no clube Hebraica do Rio de Janeiro.
Um ano depois, enquanto líder da comunidade quilombola Abobral, Castelo questionou a fala de Bolsonaro. “Não existe nada disso que ele falou. Se ele viu alguém à toa, pode ser que ele tenha ido em algum fim de semana. E aí as pessoas descansam mesmo, é um direito”, afirmou Castelo em entrevista à Folha de S. Paulo.
Durante a sua campanha, Noel Castelo recebeu o apoio nas redes sociais de apoiadores como Vilmar Kalunga, o primeiro prefeito quilombola do Brasil, em Cavalcante (GO). O agora também prefeito compartilhou vídeos de apoio de políticos da coligação formada por Solidariedade e União Brasil. Um desses materiais foi gravado pelo deputado federal Alexandre Leite da Silva (UB-SP), filho do ex-vereador de São Paulo, Milton Leite.
Editado por: Martina Medina
São Paulo é sede de um dos maiores encontros do campo progressista mundial
Dilemas da Humanidade: São Paulo é sede de um dos maiores encontros do campo progressista mundial esta semana
Mais de 70 intelectuais, líderes políticos e de movimentos sociais estarão reunidos entre os dia 7 e 10 de abril
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07.abr.2025 às 06h16 São Paulo (SP)
Redação
Dilemas da Humanidade: São Paulo é sede de um dos maiores encontros do campo progressista mundial esta semana
Rafael Stedile
São Paulo (SP) sedia nesta semana, entre os dias 7 e 10 de abril, um dos maiores encontros do campo progressista mundial: a conferência Dilemas da Humanidade: Perspectivas para Transformação Social para discutir saídas para a atual crise do capitalismo. Mais de 70 intelectuais, líderes políticos e de movimentos sociais de todo o mundo estarão reunidos no evento que acontecerá na PUC-SP e no Sesc Pompeia e será aberta ao público.
A conferência foi organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Instituto Tricontinental de Pesquisa Social e a Assembleia Internacional dos Povos (AIP). Em sua quarta edição, o objetivo do encontro é discutir e propor soluções econômicas e sociais concretas para as diversas crises causadas pelo capitalismo e pelo neoliberalismo em todo o mundo, além de atuar no combate à fome, às desigualdades sociais e à crise ambiental.
O evento retorna ao Brasil este ano depois de uma edição realizada em Joanesburgo, na África do Sul, em outubro de 2023, que reafirmou a exigência de um projeto popular e alternativo, construído pelos povos em luta para a superação do capitalismo e do imperialismo.
As duas primeiras edições, organizadas pelo MST, aconteceram no Rio de Janeiro, em 2004, e na Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), em Guararema, interior paulista, em 2015. A conferência em Guararema originou a Assembleia Internacional dos Povos e outros instrumentos de articulação política internacionalista.
A cerimônia de abertura do evento, que contará com o ministro de Economia do Brasil, Fernando Haddad, será aberta ao público e acontecerá na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), no Campus Perdizes, a partir das 18h. Além de Haddad, diversas outras lideranças e intelectuais, como Vijay Prashad (Índia), diretor do Instituto Tricontinental de Pesquisa Social, também estarão presentes. De 8 a 10 de abril, o palco dos debates será o Sesc Pompéia.
Entre os participantes, estão confirmados alguns dos principais nomes do debate econômico e figuras políticas, como a economista Josefina Morales do México, o russo Yaroslav Lissovolik (assessor da Rússia no FMI e fundador do BRICS+ Analytics), Marcio Pochmann (Diretor do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), João Pedro Stedile (membro fundador do MST), Paulo Nogueira Batista Jr. (ex-vice-presidente do Novo Banco de Desenvolvimento), Pedro Rossi (vice-Presidente do Fundo Global para uma Nova Economia), o sociólogo argentino Cláudio Katz, a ministra da Gestão e Inovação Esther Dweck, entre outros.
Informações gerais
Abertura do evento
Data: 7 de abril
Local: auditório 239 da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), na R. Ministro Godói, 969, às 19h.
Conferência Dilemas da Humanidade
Data: De 8 a 10 de abril de 2025, das 10h30 às 19h.
Local: Teatro do Sesc Pompeia
Rua Clélia, 93 – Água Branca – São Paulo/SP
Editado por: Leandro Melito
Mais de 6 mil indígenas participam do Acampamento Terra Livre em Brasília
Mais de 6 mil indígenas participam do Acampamento Terra Livre em Brasília a partir desta segunda (7)
21ª edição do ATL celebra os 20 anos da Apib e acontece até a próxima sexta (11)
07.abr.2025 às 15h43 Brasília (DF)
Leonardo Fernandes
O Acampamento Terra Livre (ATL), a maior mobilização indígena do Brasil
O Acampamento Terra Livre (ATL), a maior mobilização indígena do Brasil - Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Mais de 6 mil indígenas de cerca de 150 povos de todas as regiões do Brasil estão reunidos em Brasília (DF) para a maior mobilização indígena do país, o 21º Acampamento Terra Livre (ATL), que começou nesta segunda-feira (7) e vai até a próxima sexta-feira (11). A estrutura do evento está montada próxima à Torre de TV, atração turística da capital federal, no centro da capital federal.
Pela manhã, a Secretaria Executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), organizadora da atividade, realizou uma coletiva de imprensa, enquanto na arena principal era realizada a acolhida e os rituais de abertura do ATL 2025. O tema deste ano é “Apib somos todos nós – Em defesa da Constituição e da vida”, uma homenagem ao aniversário de 20 anos da organização indígena.
“O Acampamento Terra Livre vem justamente para marcar, mais uma vez aqui, em Brasília, o nosso posicionamento frente a todas as violações e a todos os ataques que nós temos sofrido dentro dos territórios. Esse Acampamento Terra Livre também vem reforçar o nosso posicionamento a respeito da nossa Constituição e o nosso direito de viver”, disse o representante da Apib, Dinaman Tuxá.
Outra liderança da Apib, Kretã Kaingang, disse que o objetivo da mobilização na capital federal é chamar a atenção da sociedade brasileira e mundial sobre os retrocessos que vêm sendo impostos aos direitos dos povos tradicionais.
Nesse sentido, ele cita especificamente o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF). “Ele [o STF] ataca o direito dos povos originários do Brasil que são os povos indígenas, e ataca o direito humano. Porque, quando você ataca o direito dos povos indígenas, você ataca os nossos territórios e ataca o direito à vida”, disse Kaingang.
Emocionado, o representante do Conselho Terena na Apib, Roberto Terena, pediu um basta às mortes de crianças e ao envenenamento das comunidades indígenas. “Chega de criança ser morta, chega de as nossas mães estarem aí ingerindo veneno, mercúrio, pelos rios, chega de peixes sendo envenenados”, declarou.
“Nós estamos e aqui nós vamos continuar. Não adianta o agronegócio querer atropelar, querer avançar dentro dos nossos territórios. Nós temos a Constituição que é a nossa lei maior do nosso Estado brasileiro. É preciso que o Estado brasileiro, que os governantes, façam a sua parte. Chega de matança”, disse o indígena Terena.
Reunião com ministros do STF
No centro dos debates do ATL 2025 está a situação em suspenso da Lei 14.701, a Lei do Marco Temporal, que é objeto de diversas ações no STF, e sobre a qual, o ministro relator, Gilmar Mendes, determinou a instauração de uma Câmara de Conciliação, encerrada na última quarta-feira (2). Na coletiva de hoje, Dinaman Tuxá informou que uma delegação de representantes da Apib se reunirá com ministros do STF nesta terça-feira (8), para a qual estariam confirmados os ministros Gilmar Mendes, Flávio Dino e Cristiano Zanin.
“Nós vamos reiterar o que a Apib já colocou em todos os momentos: a necessidade de suspensão da Câmara de Conciliação, a votação e o julgamento dos embargos [de declaração] e da ADI sobre a inconstitucionalidade da Lei 14.701. A Câmara de Conciliação não trouxe e não trará nenhum benefício aos povos indígenas. Todos os cenários são de retrocessos de direitos”, disse Tuxá, afirmando ainda que a Apib vai trabalhar junto aos ministros para que o acordo final da Câmara de Conciliação seja rejeitado em plenário, caso Gilmar Mendes insista em levá-lo adiante.
“Se precisar sentar e conversar, nós vamos sentar e conversar, mas em nenhum momento nós vamos negociar direitos pela metade aos povos indígenas”, ressaltou.
Em agosto de 2024, a Apib se retirou da Câmara de Conciliação, denunciando ser uma tentativa de “conciliação forçada” sobre um tema que não há possibilidade de conciliar. Isso porque o próprio STF já decidiu que a tese do marco temporal, segundo a qual indígenas só podem ter demarcadas as terras ocupadas por eles em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal.
Como resultado dessa Câmara de Conciliação, foi proposto um Projeto de Lei Complementar para substituir a atual legislação. A proposta exclui a tese do marco temporal, mas inova em uma série de matérias que são consideradas nocivas pelas organizações indígenas, como mineração em Terras Indígenas (TIs) e obstáculos no processo de demarcação. No último dia de sessões, a Apib divulgou nota em que volta a criticar a tentativa de “conciliação forçada” e lembra que, por ser parte de uma das ações que tramitam no STF contra a Lei 14.701, o processo conciliatório “não é legítimo”.
‘Demarcação já!’
Outra pauta central dos povos indígenas e que será levada a todos os espaços do ATL 2025 é a necessidade de se avançar nos processos de demarcação de terra. “Mais uma vez estamos em Brasília para cobrar também do Executivo que cumpra com sua missão institucional que é demarcar todos os territórios indígenas”, disse Dinaman Tuxá.
Dinamam Tuxá fala com a imprensa. Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Os indígenas reclamam da morosidade dos processos demarcatórios e, inclusive, da intervenção do sistema judicial para barrar o avanço das demarcações. “A morosidade no processo de demarcação mostra que o Estado brasileiro não está desempenhando de forma satisfatória para os povos indígenas, e as consequências disso é o aumento dos conflitos socioambientais”, completou Tuxá, citando exemplos recentes no Mato Grosso do Sul, Sul da Bahia e Oeste do Paraná.
As lideranças da Apib informaram ainda que, como parte da programação do ATL, nesta terça (8), os indígenas farão uma marcha pela manhã em direção ao Congresso Nacional, onde 500 lideranças devem participar de uma sessão solene no plenário da Câmara dos Deputados, a pedido da deputada federal indígena, Célia Xakriabá.
Por solicitação da mesma parlamentar, haverá ainda uma audiência pública para debater a questão dos recursos renováveis, com a presença de 40 indígenas, e um seminário sobre os direitos dos povos originários, do qual participarão outras 300 lideranças indígenas.
Rumo à COP 30
“Esse ano é um ano de COP 30, um ano que o Brasil vai sediar a maior conferência do clima do mundo. E não podemos aceitar que onde o país quer debater e sediar a pauta ambiental, nossos territórios estão sendo constantemente violados”, disse Tuxá. Segundo ele, na quinta-feira (10), os indígenas farão uma outra marcha, com foco nas mudanças climáticas e na participação dos povos originários na COP 30, a Conferência da Organização das Nações Unidas para o Clima, que acontece em novembro, em Belém (PA).
“Nós gostaríamos de ter assumido a presidência [da COP 30], mas não foi viável. E nós estamos debatendo a melhor forma de participação dentro desses espaços”, afirmou Tuxá.
Se espera ainda a visita de ministros do governo federal ao ATL. De acordo com as lideranças da Apib, há expectativa de anúncios por parte do Executivo, principalmente no que se refere a novas áreas demarcadas.
A programação completa do ATL 2025 pode ser consultada no site da Apib.
Editado por: Martina Medina
LULA E XI JINPING TERÃO ENCONTRO EM PEQUIM
Lula e Xi Jinping terão encontro em Pequim em meio à escalada protecionista de Trump
Antes disso, Lula irá a Moscou para as celebrações do Dia da Vitória
07 de abril de 2025, 17:14 h
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Lula e Xi Jinping
Lula e Xi Jinping (Foto: Ricardo Stuckert)
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Leonardo Sobreira
247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá uma reunião com o homólogo da China, Xi Jinping, em maio, informou a Folha de São Paulo nesta segunda-feira (7).
A guerra de tarifas iniciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tende a estimular uma maior aproximação comercial entre as economias emergentes. Um sinal desse movimento é a presença de uma comitiva empresarial na viagem de Lula à China, com o objetivo de fortalecer ainda mais as relações comerciais entre os dois países.
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Em Pequim, Lula participará do Fórum China-Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) e, no mesmo dia, de um evento promovido pela ApexBrasil.
Antes disso, em 9 de maio, o presidente participará em Moscou, na Rússia, das celebrações do Dia da Vitória — que neste ano marcam os 80 anos da rendição da Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.
domingo, 6 de abril de 2025
DITADURA NUNCA MAIS!
‘Ditadura nunca mais’: Caminhada do Silêncio em SP homenageia vítimas da ditadura e da violência de Estado
Ato lembrou mortos e desaparecidos do regime militar e pediu prisão de golpistas do 8/1
06.abr.2025 às 20h32 São Paulo (SP)
Leandro Melito
‘Ditadura nunca mais’: Caminhada do Silêncio em SP homenageia vítimas da ditadura e da violência de Estado
Manifestantes marcharam até o Monumento em Homenagem aos Mortos e Desaparecidos Políticos, no Parque Ibirapuera, em São Paulo (SP) - Elineudo Meira / @fotografia.75
A 5ª edição da Caminhada do Silêncio pelas Vítimas de Violência do Estado foi realizada neste domingo (6) em memória aos mortos e desaparecidos da ditadura militar. O ato também lembra as vítimas da violência policial dos dias de hoje, que tem como principal alvo a juventude negra e periférica.
Com flores, velas e fotos, os manifestantes se reuniram na antiga sede do Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) na capital paulista e seguiram até o Monumento em Homenagem aos Mortos e Desaparecidos Políticos, no Parque Ibirapuera.
A caminhada deste ano teve como lema “Ainda estamos aqui”, em referência ao filme Ainda Estou Aqui, que retrata a luta da mãe de Eunice Paiva, viúva do ex-deputado Rubens Paiva, desaparecido político durante a ditadura militar, pela busca por justiça e verdade.
A psicóloga Vera Paiva, uma das filhas do casal Paiva, reforçou que a manifestação silenciosa é uma forma de protesto pelo “absurdo que tem sido a violência de Estado”, que não se encerrou com a redemocratização do país.
“Que a gente possa a cada ano, de novo, fazer isso, porque o nosso objetivo é, pacificamente, com velas nas mãos, com rosas nas mãos, homenageando os nossos mortos, dizer: ditadura nunca mais! Pela vida e pela paz”, ressaltou Paiva.
Vera Paiva também destacou a contribuição do filme Ainda Estou Aqui para dar visibilidade à luta por memória e justiça. Para ela, a obra ajudou a mostrar a realidade daquele período, quando as informações eram controladas e as famílias silenciadas
“Acho que cada pessoa entra e assiste ao filme no papel de alguém e vive a história como ela foi para gente, sentindo na pele o que era viver uma ditadura”, diz.
Manifestante com flores e fotos durante a 5ª Caminhada do Silêncio de São Paulo | Foto: Elineudo Meira / @fotografia.75
A presidenta da Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos, Eugênia Gonzaga, enfatizou a necessidade de recordar os mortos e desaparecidos da ditadura, destacando que a violência de Estado ainda se faz presente no Brasil.
“Esses atos que levaram a essas mortes, esses desaparecimentos, continuam se repetindo. Hoje em dia, as pessoas defendem quem mata, quem executa sem julgamento”, afirmou.
Ela sublinhou a importância da democracia e da legalidade, lembrando que “a força de um ou de outro não pode prevalecer sobre a lei”.
Gonzaga também mencionou a retomada da Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos e a continuidade das campanhas para responsabilizar os agentes da ditadura.
“Nossa intenção é dar sequência, nesses dois anos, à busca de corpos, à retificação de acentos de óbitos e incentivar as campanhas por responsabilização por agentes da ditadura. Não há reparação suficiente – mesmo reparação de conteúdo material –, que acolham o coração das vítimas, do que a justiça. Nós precisamos também ter responsabilização em relação a esse período”, afirma.
Responsabilização aos golpistas do 8 de janeiro
A Caminhada do Silêncio deste ano ocorreu no mesmo dia em que outro ato, na avenida Paulista, convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), defendia a anistia para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. Presentes na manifestação em memória às vítimas da violência de Estado, em oposição às reivindicações bolsonaristas, reafirmaram a defesa pela responsabilização dos envolvidos nos atentados contra o Estado Democrático de Direito.
Faixa com pedido de prisão para Bolsonaro e militares envolvidos na tentativa de golpe de Estado | Foto: Elineudo Meira / @fotografia.75
Marco Antonio Ferreira, professor da rede municipal e também participante do ato, destacou a relevância da manifestação no atual contexto político do Brasil. “Este ato é extremamente necessário e importante, especialmente agora, quando vemos a perspectiva de prisão para aqueles que atentam contra a democracia e o povo brasileiro”, disse. Ele ainda afirmou que é fundamental que o Brasil dê um basta à violência de Estado, que continua presente nos dias de hoje.
Editado por: Geisa Marques
LULA DEFENDE O BRASIL, BOLSONARO AS TARIFAS DO TRUMP
Editoriais
Lula em balanço de dois anos de governo
Lula em balanço de dois anos de governo
Enquanto Lula defende o país, o vendilhão da pátria Jair Bolsonaro se rende ao tarifaço de Trump
Lula destaca-se por agregar os brasileiros em torno da defesa dos interesses do país e do nacionalismo
05 de abril de 2025, 20:06 h
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A caótica e improvisada elevação das tarifas de importação imposta pelo governo dos Estados Unidos sobre mais de uma centena de países constitui um gesto desesperado. Tenta reverter uma decadência, mas deve precipitá-la. Representa uma ação defensiva típica do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Ele reconhece o problema, a perda de competitividade dos Estados Unidos, mas reage de maneira atabalhoada, desnecessariamente espetaculosa e, afinal, contraproducente. Pretende provocar uma imensa reorganização das cadeias de comércio e da produção industrial.
Por mais que venha a se revelar um tiro no pé, não se pode negar que o tarifaço procure, mesmo que por linhas tortas, atender aos interesses dos Estados Unidos.
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No Brasil, a medida da Casa Branca foi amplamente rechaçada. Serviu, porém, para explicitar uma aberração: o ex-presidente Jair Bolsonaro declarou-se favorável às taxas sobre o comércio exterior brasileiro. Disse que as tarifas que protegem os produtores agrícolas ou as exportações de petróleo são coisas de comunistas, atacando setores que são seus aliados.
Enquanto todas as associações de setores empresariais nacionais prejudicados silenciaram ou criticaram a imposição de taxas de 10% para a entrada dos produtos brasileiros nos EUA, Bolsonaro bateu palmas, fez continência para elas. Note-se que o herdeiro político do bolsonarismo, o governador paulista Tarcísio de Freitas, foi incapaz de se posicionar na defesa dos produtos brasileiros.
Essa é a essência do fascismo: o entreguismo. Sob o slogan falso da defesa da pátria, ele, na verdade, quer extinguir a nação. O bolsonarismo veste as cores do país para, na verdade, traí-lo a serviço do interesse de uma outra nação, dos interesses do imperialismo.
Bolsonaro prefere os Estados Unidos ao Brasil. Para servir a esta predileção, está disposto a tudo, até mesmo a sacrificar desavergonhadamente interesses brasileiros.
Diante de atitude tão disparatada e até politicamente suicida, podem-se especular algumas hipóteses. Estaria Bolsonaro preparando, com ela, o ambiente junto a Trump para uma eventual fuga aos Estados Unidos? Essa opção não seria excludente com outra: seria Bolsonaro, na verdade, um agente estadunidense pronto para avançar no Brasil os interesses do império, sempre que houvesse que optar entre o agressor e a pátria brasileira? Algo, no entanto, parece certo: Jair e seus filhos obedecem mais hoje aos Estados Unidos, estão submetidos ao centralismo da internacional de extrema-direita que se apoderou da Casa Branca. Prova disso é que Eduardo Bolsonaro até abriu mão de seu mandato como deputado para tentar a vida junto aos hierarcas do trumpismo.
Ao mesmo tempo, o presidente Lula destaca-se por agregar os brasileiros em torno da defesa dos interesses do país e do nacionalismo. Colhe, inclusive, acordos que seriam impensáveis, como a unanimidade na aprovação, pelo Senado, da lei que autoriza reciprocidade brasileira contra o tarifaço estadunidense. É de se notar que o acordo obteve adesão de senadores bolsonaristas que votaram sem nem consultar seu líder, certamente por considerarem que seria impensável apoiar os desejos do Tio Sam em detrimento do Brasil. Sintoma maior do estado de caos da liderança bolsonarista não há.
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