quinta-feira, 20 de agosto de 2015

PLENÁRIO DO STF CONFIRMA VALIDADE DE NORMAS SOBRE AUDIÊNCIAS DE CUSTÓDIA

O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) julgou improcedente, por maioria de votos, na sessão desta quinta-feira (20), a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 5240) em que a Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (Adepol/Brasil) questionava a realização das chamadas “audiências de custódia” (ou de apresentação), procedimento por meio do qual uma pessoa detida em flagrante deve ser apresentada ao juiz em até 24 horas. A ação questionava provimento conjunto do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) e da Corregedoria Geral da Justiça do estado que trata do procedimento e, segundo entendimento dos ministros do STF, o procedimento apenas disciplinou normas vigentes, não tendo havido qualquer inovação no ordenamento jurídico, já que o direito fundamental do preso de ser levado sem demora à presença do juiz está previsto na Convenção Americana dos Direitos do Homem, internalizada no Brasil desde 1992, bem como em dispositivos do Código de Processo Penal (CPP) brasileiro. Na ação, a Adepol afirmou que a audiência de custódia somente poderia ter sido criada por lei federal e jamais por intermédio de tal provimento autônomo, já que a competência para legislar sobre a matéria é da União, por meio do Congresso Nacional. Além disso, segundo a entidade, a norma repercutiu diretamente nos interesses institucionais dos delegados de polícia, cujas atribuições são determinadas pela Constituição (artigo 144, parágrafos 4º e 6º). Mas, de acordo com o relator da ADI, ministro Luiz Fux, o provimento questionado não regulou normas de Direito nem interferiu na competência de outros Poderes, na medida em que apenas promoveu atos de autogestão do tribunal, estipulando comandos de mera organização administrativa interna. O ministro Fux afirmou que a realização das audiências de custódia – que em sua opinião devem passar a ser chamadas de “audiências de apresentação”, tem se revelado extremamente eficiente como forma de dar efetividade a um direito básico do preso, impedindo prisões ilegais e desnecessárias, com reflexo positivo direto no problema da superpopulação carcerária. “Não é por acaso que o Código de Processo Penal brasileiro consagra a regra de pouco uso na prática forense, mas ainda assim fundamental, no seu artigo 656, segundo o qual, recebida a petição de habeas corpus, o juiz, se julgar necessário e estiver preso o paciente, mandará que este lhe seja imediatamente apresentado em data e hora que designar. Verifico aqui que não houve, por parte da portaria do Tribunal de Justiça, nenhuma extrapolação daquilo que já consta da Convenção Americana, que é ordem supralegal, e do próprio CPP, numa interpretação teleológica dos seus dispositivos”, afirmou o ministro Luiz Fux em seu voto. Ao acompanhar o relator, o presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, que promove uma campanha no âmbito do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em defesa da realização das audiências de custódia, ressaltou que o Brasil é o quarto país que mais prende pessoas no mundo, ficando atrás dos Estados Unidos, China e Rússia. As audiências já estão sendo realizadas em 12 unidades da Federação e, segundo o ministro Lewandowski, até o final do ano, ocorrerão em todo o País. “É uma revolução”, afirmou o ministro ao ressaltar que metade dos presos apresentados nestas audiências está obtendo relaxamento de prisão, em razão do menor potencial ofensivo das condutas. O presidente da Corte também destacou a economia para os cofres públicos, tendo em vista que um preso custa em média R$ 3 mil mensais ao erário. Segundo ele, a realização das audiências de custódia pode gerar uma economia mensal de R$ 360 milhões quando implementadas em todo o País, perfazendo um total de R$ 4,3 bilhões por ano, “dinheiro que poderá ser aplicado em serviços básicos para a população, como saúde e educação”. Ficou vencido na votação o ministro Marco Aurélio, que preliminarmente extinguia a ação por entender que a norma em análise não poderia ser questionada por meio de ADI e, no mérito, julgava procedente o pedido. Defensoria Pública Representantes da Defensoria Pública da União e da Defensoria Pública do Espírito Santo, entidades admitidas no processo como amici curiae, ocuparam a tribuna do STF em defesa das audiências de custódia. O defensor público federal Antônio Ezequiel Barbosa destacou o “caráter revolucionário e histórico” no processo penal brasileiro decorrente da adoção das audiências de custódia que, embora previstas no ordenamento jurídico brasileiro há tempos, estão sendo tardiamente implementadas. O defensor público geral do ES, Leonardo Miranda, apresentou resultados práticos obtidos no estado com a implementação das audiências de custódia. O Espírito Santo foi o segundo estado a adotar o procedimento e, em três meses, realizou mais de 1.600 apresentações de custodiados. Em 50% dos casos, as prisões foram convertidas em preventivas e, nos outros 50%, os cidadãos puderam responder ao processo em liberdade. VP/FB FONT: Site do STF

terça-feira, 18 de agosto de 2015

PCdoB conclama militância a engrossar fileiras em defesa da democracia - Portal Vermelho

PCdoB conclama militância a engrossar fileiras em defesa da democracia - Portal Vermelho

PRENDEM O BONECO PORQUE TEMEM O HOMEM

Adalberto Monteiro: Prendem o boneco porque temem o homem O boneco inflável com a cara do ex-presidente Lula representa o delírio daqueles que não suportam a redução das desigualdades sociais. É o troféu de guerra de quem não aceita os outrora pobres, hoje nas universidades e em aeroportos. Por Adalberto Monteiro*, especial para o Vermelho Ex-presidente Lula.Ex-presidente Lula. Eles se desesperam, se descabelam porque, mesmo depois de terem despejado pela grande mídia uma tonelada de infâmias contra Lula, não conseguem arrancar o ex-presidente do coração do povo e da consciência dos que lutam por um Brasil soberano, democrático e desenvolvido. Diz um adágio: “não se atira pedras em cachorro morto”. É isto. Lula está “vivinho” da Silva e isto incomoda o andar de cima. Um espectro tira o sono de FHC, Aécio, Caiado et caterva: é o espectro de uma liderança que prossegue como sinônimo de quem governou para o andar de baixo, de quem associou crescimento econômico a distribuição de renda. De quem levantou ao alto um país largado ao chão pelo governo dos tucanos. De quem pôs sapatos numa política externa que os tirava para pisar em Washington. Setores de uma classe média abastada de ódio, paupérrima de valores e horizontes, prende, apedreja, espeta o boneco. De onde brota essa intolerância? Será mera coincidência o fato de o homem pretensamente contido no boneco ter sido o líder operário que enfrentou a ditadura, que veio lá do Nordeste como retirante? Um sábio pondera: é porque a crise econômica atinge as camadas médias em cheio; outro acrescenta: são os escândalos de corrupção. Tudo isto se relaciona, mas no fundo, no fundo mesmo, a intolerância tem suas raízes em 388 anos de escravidão para depois se somar a um capitalismo que se tornou tão exuberante quanto excludente. É o chicote da casa grande que açoita o boneco. Se o homem disser que abandona a vida pública, se disser que não será mais candidato, os mesmos que hoje o apedrejam proporiam a canonização dele. Odeiam o homem porque nem ele se afasta do povo, nem o povo dele se afasta. Leia também: Globo aponta todos os seus canhões contra Lula *Presidente da Fundação Maurício Grabois e editor da revista Princípios.

Parlamentares rebatem declarações de FHC: "Hipócrita e arrogante" - Portal Vermelho

Parlamentares rebatem declarações de FHC: "Hipócrita e arrogante" - Portal Vermelho

OS VERDADEIROS MOTIVOS PARA PRENDER LULA: SUA GRANDEZA E LIDERANÇA

DOM ORVANDIL Editor do blog Cartas e Reflexões Proféticas, presidente da Ibrapaz, bispo da Diocese Brasil Central da Igreja Anglicana e professor universitário Os verdadeiros motivos para prender Lula: sua grandeza e liderança Algumas milhares de pessoas saíram às ruas neste 16 de agosto para protestar contra o governo Dilma. Nada surpreendeu. Nada mais do que as três variáveis que compuseram a massa insana, como antecipei sábado neste espaço (veja mais aqui). Os marchadores se mostraram sem conteúdo político, preconceituosos, ricos e brancos. O tal patriotismo ao cantar o hino nacional e ao carregar a bandeira nacional nada mais foi do que o sonho burguês de ter um país para poucos, de preferência com um regime autoritário e manipulador para defender seus interesses. De preferência que não seja uma democracia que inclua justiça social e, muito menos, o socialismo. O discurso seletivo contra a corrupção é hipócrita. Nele não cabem Eduardo Cunha, Aécio Neves, José Serra, Azeredo e tantos das nefastas aves de rapina do patrimônio público. Lances ridículos beirando a infantilidade só não faziam rir porque, afinal, ofendiam pessoas e instituições. As bobagens abundaram em "protestos" contra o PT, mostrando com isso apenas preconceito e ódio de quem nada sabe de política, de puro analfabetismo rancoroso. Faixas e cartazes sintetizaram a onda de julgamento e de fofoca que tomaram conta do País. Desrespeitosamente pediam prisão ao ex-presidente Lula e à Presidenta Dilma, sem que em nada indiquem crimes e erros nas condutas deles. Não vi nenhum cartaz ou boneco representando Dilma e Lula enforcados, como fizeram em outra manifestação de ódio, mas o show de bobismo foi o mesmo. O pré-julgamento, comportamento decorrente de preconceituosos e egoístas que temem a volta de Lula como candidato a Presidente, foi uma marca do bobismo vulgar. Os marchadores de direita mostraram o absurdo de derrubar um ex-presidente de um cargo que ele não ocupa mais há 5 anos. Puro delírio irresponsável e moleque. A direita com seus bobos tenta nos copiar nas lutas que fazíamos contra a ditadura e contra o neoliberalismo. Mas erra longe porque não tem conhecimento da realidade e de política. Nós sabíamos o que dizíamos e não copiávamos nada da mídia dominante colonizada e nos preparávamos muito bem com projeto de nação, de país e de desenvolvimento. Por isso derrubamos a ditadura e derrotamos o neoliberalismo. A direita bobista quer disputar as ruas conosco. Aí também erra, porque os que participam dos seus shows são ricos e brancos que não contam com nenhuma base social e com nenhuma liderança popular, como nós, que as temos em grande quantidade, homens e mulheres. A direita erra porque não estuda. Sua literatura são as revistas panfletárias fascistas como a Veja, a Época, a Isto É e os jornalões, todos em decadência, com linguagem direcionada à camada dominante e sem mensagem para o povo que não as lê. Nesses órgãos os jornalistas são adestrados, acríticos, mal formados em péssimos cursos sem as ciências humanas e tratam seus patrões burgueses como se fossem colegas, sem consciência de classe. Os que gritam as palavras de ordem como o fizeram os amestrados no dia 16 não leem livros nenhum conhecem teóricos sérios. O máximo que leem são pernósticos como Olavo de Carvalho, Lobão, Merval, Arnaldo Jabor e outros rasos que vociferam fúrias como cães de guarda de seus donos. Ao comentar as razões do ex-presidente Lula para não aceitar convite para a um ministério no governo Dilma, o jornalista Ricardo Amaral (leia aqui) conseguiu dizer muito bem porque o líder brasileiro mais respeitado em todo o mundo é odiado e caçado por essa falsa elite que põe seus cães raivosos a latir nas ruas, na mídia, na polícia federal, na Lava Jato e na justiça, para amedrontá-lo.

Nogueira: FHC não passa de golpista vulgar | Conversa Afiada

Nogueira: FHC não passa de golpista vulgar | Conversa Afiada

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

FHC: NÃO TEM AUTORIDADE MORAL PARA ACONSELHAR UMA PRESIDENTA COMO DILMA

Deputado petista ataca sugestão de renúncia feita por FHC: “Nem Lobão seria tão superficial, sorrateiro ou medíocre” Bohn Gass critica FHC: Não tem autoridade moral para aconselhar uma presidenta como Dilma Quem não é mais presidente é você, Fernando Henrique POR: Elvino Bohn Gass* Do alto de sua arrogância, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso usou uma rede social para dizer que a presidenta Dilma deveria renunciar ou admitir seus erros. Conviria que ele se desse ao respeito e não maculasse ainda mais sua já tão enodoada participação na política do Brasil. Pois FHC deveria lembrar-se que no seu tempo as pesquisas mostravam índices também muito ruins de popularidade. E que nem por isso ele renunciou ou veio a público admitir erros. Deveria lembrar-se que a inflação era maior do que agora. E que nem por isso ele deixou o governo ou admitiu sua incompetência. Que a taxa de juros era o dobro da atual. E que nem por isso ele pediu para sair ou fez um mea culpa. Então, FHC não tem autoridade moral – que é conferida, entre outros requisitos, pela coerência – para aconselhar uma presidenta como Dilma, eleita legitimamente pelas urnas. Mas não deixa de ser lamentável que o outrora príncipe da sociologia produza, agora, oportunismos tão baratos a fazer dele um exemplar típico de conselheiro Acácio do ano 2015. FHC já nem sequer escolhe os termos mais adequados para sua crítica, como conviria a um intelectual, mas reproduz sem qualquer constrangimento palavras de ordem de misóginos e xenófobos que desfilam com cartazes pedindo a volta da ditadura e o extermínio de seres humanos. Há quem veja nisso, não sem boa dose de razão, um exemplo acabado de decadência. Sim, é a hipocrisia quem costura a manifestação do ex-presidente tucano ao tentar justificar suas observações por conta das “falcatruas do lulopetismo”… Ora, nem Lobão seria tão superficial, sorrateiro ou medíocre. De quê falcatruas fala FHC? Dos desvios na Petrobras, que até os delatores disseram ter começado… no governo dele? Do financiamento de campanhas por empreiteiras que doaram os mesmos milhões… ao candidato dele? Estaria se referindo às palestras pagas por empresas a Lula que, ora vejam, valem mais do que as dele no mercado de conferências? O cavaleiro de triste figura em que FHC se transformou deveria, ao menos, lembrar que nem Lula nem Dilma compraram suas reeleições. Eles as conquistaram nas urnas. E quanto a sua solerte tentativa de invocar as palavras de Ulysses Guimarães dirigidas a Collor (“você pensa que é presidente, mas já não é mais”), redirecionando-as à Dilma, tenho a dizer: Dilma não pensa que é, ela é, e será até 2018, a presidenta legítima do Brasil. Quem parece que pensa que ainda é presidente mas não é mais, é você, Fernando Henrique. *Deputado Federal (RS) e Secretário Nacional Agrário do PT

800 MIL NÃO ANULA OS VOTOS DF 54 MILHÕES

POR: REINALDO DEL DOTORE - Graduado em Odontologia e Direito. Servidor público na área da saúde - Segundo as informações mais recorrentes, teriam sido cerca de 800 mil os manifestantes de ontem (16/08) contra o governo Dilma, em todo o país. Algumas fontes falam em aproximadamente 500 mil, outras sugerem mais de um milhão. Especula-se se o número de manifestantes teria sido maior ou menor do que nas outras duas manifestações deste ano - parece que a de ontem teria ficado em uma posição intermediária. Questiona-se também se a quantidade de manifestantes nos eventos contra o governo Dilma seria maior ou menor do que aqueles que saíram em passeatas para apoiar o governo. Todos esses números e especulações são absolutamente irrelevantes. Explico. É óbvio que a quantidade de brasileiros que gostaria de ter participado das manifestações de ontem é muito maior do que a daqueles que efetivamente saíram às ruas. Certamente, haveria mais do que dez ou vinte milhões de pessoas que engrossariam a multidão, e não foram por motivos os mais diversos: moram em regiões distantes nas quais não houve passeatas, não puderam ir por motivos pessoais, por preguiça, por medo, etc. Da mesma forma, o número de cidadãos que gostaria de participar de manifestações pró-Dilma é muito maior do que os números, por exemplo, de 1º de maio, e os motivos da não-participação são idênticos. Não tenho dúvidas de que dezenas de milhões igualmente estariam nas ruas apoiando o governo. Eis porque considero irrelevante analisar quantas pessoas efetivamente foram à manifestação A ou B, contra ou a favor. Esses números não representam, nem de longe, o universo daqueles que fazem oposição ou apoiam o governo federal. O que se deve analisar é outra coisa. Que os manifestantes tenham todo o direito de organizar passeatas contra o governo Dilma, me parece ser ponto pacífico. Faz parte da Democracia a possibilidade de os cidadãos demonstrarem seu descontentamento (ou apoio) por várias formas, inclusive por meio de manifestações nas ruas. Só mesmo quem nutre algum viés autoritário poderia discordar disso. Até mesmo integrantes do governo Dilma já deixaram bem claro (inclusive ontem à noite) que consideram perfeitamente democráticas as manifestações - e não poderia ser diferente. Da mesma forma, é não só natural como também salutar que cidadãos se manifestem contra a corrupção, embora fosse interessante que as pessoas se informassem um pouco melhor a respeito e direcionassem sua indignação de forma racional e não emocional. O que não é razoável, porém, é utilizar a indignação (ou suposta indignação) contra a corrupção como pretexto para pregar a derrubada de um governo legitimamente eleito, em função de discordâncias ou descontentamentos quanto à atuação do governante. Se o cidadão não gosta da condução do governo federal (e, reitero, tem todo o direito de não gostar), que mantenha acesa essa chama, que organize seus amigos, famílias e conhecidos para, nas próximas eleições, lutar pela vitória de alguma proposta de oposição. Não há, porém, no ordenamento jurídico brasileiro, a opção de se defenestrar um governo (seja ele qual for) por não se gostar dele. Esse cacoete autoritário, felizmente, não foi inserido em nossa Constituição. Cabe ressaltar que é igualmente ilegítimo tentar forçar alguma mancha de "corrupção" em quem não a carrega - e é esse o caso de Dilma (e as tentativas nesse sentido têm se mostrado, no mínimo, patéticas). Os números efetivamente relevantes, em contraposição aos dos presentes em passeatas, são os números finais das eleições. Em outubro de 2014, os números disseram que a Presidência da República seria ocupada, pelos quatro anos subsequentes, por Dilma Rousseff. Que os manifestantes não se esqueçam disso, e que abandonem essa postura infantil do tipo "não fui escolhido pro jogo, vou levar a bola embora". Que respeitem a vontade da maioria e, democraticamente, tentem vencer em 2018. FONTE: BRASIL 247

PCdoB: Defender a democracia, superar a crise e retomar o crescimento - Portal Vermelho

PCdoB: Defender a democracia, superar a crise e retomar o crescimento - Portal Vermelho

domingo, 16 de agosto de 2015

O QUE ESTÁ SOB ATAQUE NÃO É O MANDATO, MAS A DEMOCRACIA

Por Janio de Freitas - Em nome da democracia - Na Folha - "Isso é democracia". Não é, não. Um dos componentes essenciais e inflexíveis da democracia é o respeito às regras que a instituem. As regras existem no Brasil, precisas e claras na Constituição, mas o respeito é negado onde e por quem mais deveria fortalecê-las. O que está sob ataque não é mandato algum, são as regras da democracia e, portanto, a própria democracia que se vinha construindo. Não há disfarce capaz de encobrir o propósito difundido por falsos democratas instalados no Congresso e em meios de comunicação: reverter a decisão eleitoral para a Presidência sem respeitar as exigências e regras para tanto fixadas pela Constituição e pela democracia. Há mais de nove meses, a cada dia surge novo pretexto em busca de uma brecha –no Congresso, em um dos diferentes tribunais, nas ruas– na qual enfim prospere o intuito de derrubar o resultado eleitoral. O regime democrático é tratado na Constituição como "cláusula pétrea", que se pretende com solidez granítica. O que não significa ser impossível transgredi-lo. Mas significa que quem o faça ou tente fazê-lo comete crime. E quem o comete criminoso é de fato, haja ou não a condenação que assim o defina. Tal é a condição que muitos ostentam e outros tantos elaboram para si. A pregação de parlamentares identificáveis como um núcleo de agitação e provocação atenta contra a democracia. A excitação de hostilidades que esses parlamentares propagam pelo país é indução de animosidade antidemocrática –sem que isso suscite reação alguma, o que é, por si mesmo, indício da precária condição da democracia e da Constituição. O que se passa hoje na Câmara, como método e objetivos da atividade, não é próprio de Congresso de regime democrático. Em muitos sentidos, restaura a Câmara controlada e subserviente da ditadura. Em outros aspectos, assume presunções autoritárias, de típico teor antidemocrático, ao ameaçar até aprovações do Senado de punitivas suspensões da sua tramitação. Afinal, um dos focos da corrupção é arrombado. Os procuradores e juízes do caso receberam tarefa de importância extraordinária. Mas não é garantido que estejam plenamente respeitados nessa tarefa os limites das regras democráticas. À parte condutas funcionais que não cabe considerar neste sobrevoo do momento do país, é notória no grupo, e dele difundida, uma incitação a ânimos não condizentes com investigações e justiça na democracia. Pôr-se como salvadores da pátria, a partir dos quais "o Brasil agora será outro", não é só um equívoco da ingenuidade. É uma ameaça, senão já algumas práticas, de poderes e atitudes exacerbados que fogem às regras. Um exemplo que recebeu tolerância incompatível com sua importância: difundir informações inverídicas e sensacionalistas à imprensa, e ao país, "para estimular mais informantes" –como feito e dito por um procurador–, não é ético nem democrático. É autopermissão abusiva. E incitação a ânimos públicos que já recebem das realidades circundantes o bastante para serem exaltados. O espírito antidemocrático não é alheio nem ao Supremo Tribunal Federal. É nele que um juiz pode impedir a conclusão de um julgamento tão significativo como o financiamento das eleições dos governantes e congressistas. Ou seja, dos que determinam os destinos do país e de seus mais de 200 milhões habitantes. Se alguém achar que é deboche, não vale a pena contestar. Mas convém lembrar que é uma evidência perfeita da prepotência primária, apenas ilusoriamente culta, que sobreviveu muito bem à ruína do seu sistema escravocrata. Movimentos de ocupações urbanas e rurais são acusados de violar a democracia. É engano. Ilegais, sim, mas não são democráticos nem antidemocráticos. Sequer estão incluídos na democracia, desprovidos que são, todos os padecentes de grandes desigualdades econômicas sociais, de meios democráticos para obter os direitos que a Constituição lhes destina. E os jornais, a TV, as revistas, o rádio –na verdade, os jornalistas que os fazem– nesse país que concebe a democracia como uma bola, tanto a ser chutada sempre, como a oferecer grandes e efêmeras euforias? Agradeço à sogra de um jogador de futebol, Rosangela Lyra, que me dispensa de alguns desagrados. Disse ela, à Folha, das pequenas e iradas manifestações que organiza pela derrubada do resultado da eleição presidencial: "As redes sociais amplificam e a mídia quintuplica". Entregou. Delação de dar inveja aos gatunos da Petrobras. "Isso é democracia" como slogan de antidemocracia só indica que o Brasil ainda não é ou já não é democracia.

A PASSEATA DE 16 DE AGOSTO É O FIM DE UM CICLO POLÍTICO

Hoje encerra-se oficialmente um ciclo político no país: o da intolerância. Multidões ainda sairão às ruas como renas amestradas. Baterão panelas atrás do impeachment e cabeças atrás de ideias. E não terão nem uma, nem outra. Gradativamente a grande besta será recolhida de volta à jaula pela ação combinada de lideranças políticas efetivas de ambos os lados, grupos econômicos e grupos de mídia. Em parte, devido à conclusão de que o petismo foi definitivamente derrotado. Se acabou ou não, o futuro dirá. Mas, neste momento, jogar mais lenha na fogueira seria passar o bastão para os piromaníacos e não se ter mais o controle da turba. O atentado contra o Instituto Lula é a prova definitiva da marcha da insensatez. Em parte, devido ao fato de que o PSDB se derrotou, morreu enforcado nas tripas do PT. Nesta data magna de 16 de agosto de 2015, o bipartidarismo que, desde a Constituição de 1988, dominou a vida pública do país, definitivamente se esgotou. O PT tornou-se uma militância sem partido, atrás de uma nova utopia. O PSDB, o estuário de uma turba vociferante e anacrônica, deixando órfã a classe média esclarecida que um dia nele acreditou. A dificuldade com a nova utopia O que virá daqui para frente é uma incógnita. Haverá enorme dificuldade em se criar uma nova utopia, em superar os paradoxos e as hipocrisias reveladas pela Lava Jato - pelo que ela mostrou, pelo que vazou e pelo que até agora escondeu. A primeira hipocrisia é da suposta diferenciação entre os políticos. São iguais, embora com agendas distintas. FHC e Lula construíram uma imagem em cima de um projeto de país amparados, de lado a lado, por forças sociais ou econômicas expressivas. Essa imagem, os relacionamentos construídos no exercício do poder, no entanto, passaram a ser tratados como ativos individuais. FHC tornou-se o queridinho dos mercados; Lula, o campeão do Terceiro Mundo. Ambos transformaram essa influência em negócios lucrativos legais, tornando-se milionários. Não se está aqui condenando-os ou pressupondo qualquer ilegalidade. Portaram-se como ex-presidentes dos EUA, ex-primeiros ministros do Reino Unido e da França. Está-se apenas mostrando o jogo político em um país de economia de mercado, o paradoxo do representante dos pobres e desassistidos comportando-se como um empreendedor capitalista; e as publicações que mais enaltecem o mercado condenando-os, como se fossem defensoras do que elas chamam de pobrismo. Perto do feito político de tirar 50 milhões de brasileiros da linha da miséria, é picuinha. Mas qual o pedaço de Lula que mais encantou presidentes norte-americanos, de George Bush Jr. a Barack Obama? O mito do sujeito que saiu da extrema pobreza e venceu, a mítica do herói norte-americano, em contraposição à elite decadente europeia. Lula é a encarnação do sonho norte-americano, como um Abraham Lincoln, não a utopia bolivariana, como José Mujica. Por motivos opostos, Bush Jr não escondiam a antipatia por FHC, visto como o intelectual pedante que nunca teve que lutar pela sobrevivência pessoal ou política. O balanço do estrago No final da tarde, quando a passeata terminar e a besta, as panelas e o ódio forem recolhidos, começará o duro reencontro do país consigo mesmo. Jornais e TVs deixarão de recriar o clima de fim de mundo. Ontem, aliás, após ajudar a desmontar setores com centenas de milhares de empregos, o Jornal Nacional resolveu recriar a esperança, em cima do micro-exemplo de uma micro-empreendedora que criou um negócio com um funcionário e agora já tem três. É o milagre da hipocrisia de massa. Com o ódio refluindo, a Lava Jato ainda terá tempo de provar se é um poder autônomo ou um poder autorizado pela mídia. A prova do pudim será José Serra. A esquerda terá que se reinventar. Os que ainda alimentam a utopia de que a economia de mercado não é irreversível se abrigarão em partidos menores. O PT - e Lula - terão o enorme desafio de se reinventar, mais facilmente Lula, mais dificilmente o PT. Em 2018 é mais provável ter-se um Lulismo - na forma de frente ampla - substituindo o PT, cuja expressão final é a cara insípida, inodora e sem emoção de seu presidente Rui Falcão. Os movimentos sociais, que amam e continuarão amando Lula, encontrarão abrigo nessa frente ampla, social-democrata. Os que ainda acreditam na utopia socialista, irão para partidos menores. No outro extremo, o ódio da direita será a última herança de Aécio Neves. Aécio é tão tolo e despreparado que ainda não entendeu que o que acreditava ser a tomada da Bastilha era apenas a última passeata da Ilha Fiscal. Terminará recluso em algum castelo encantado de Linchenstein, cercado por um convescote de sábios, dentre os quais de destacarão Ronaldo Caiado, Aloyzio Nunes, Carlos Sampaio, e no qual as ideias serão proibidas de entrar (coloquei Nunes de sacanagem: ele, como um pitbull esperto, está tão louco para pular do barco que até conseguiu conter a fala raivosa). Daqui até 2018 Dilma Rousseff terá tempo para governar. Obviamente, esse romance foi escrito em cima dos personagens atuais. Há muita água e lama a rolar até 2018. Tentar adivinhar é um desafio que nenhuma ficção ousará enfrentar. POR: Luis Nassif GGN - O JORNAL DE TODOS OS BASIS.

A FICHA CAIU: O BRASIL COMEÇA A DIALOGAR

Muitas vozes representantes da elite deste país antes abertamente a favor do impeachment de Dilma como o jornal O GLOBO, e outros, setores do PMDB, e do PSDB deram na últimas semanas sinais claros de que não defendem mais o impeachment de Dilma Rousseff. Mas, por que ? Será que mudaram de ideia ou apenas de estratégia? Será que evoluíram para uma outra alternativa que pareça não ou menos golpista aos olhos da sociedade descontente e mal informada? No caso do PSDB sim, que optou agora por pregar a realização de novas eleições. O que ? Sim. Aécio e vozes ruralistas como Caiado insuflam a população para que se manifestem nas ruas por novas eleições, sob a tese de que só as urnas darão legitimidade para o novo presidente enfrentar a crise política e econômica. Isso é piada! E os votos de Dilma, não lhe dão legitimidade ? No caso do jornal O Globo alguns ingênuos de coração poderiam imaginar que o grupo refletiu e não quer ser visto novamente como apoiador de um golpe de direita, a exemplo do que ocorreu em 1964, nódoa já reconhecida por eles mesmos. Na verdade, com certeza, a família Marinho já está apoiando uma estratégia nova para 2018, obviamente que não inclua o PT no poder. Resta saber por qual das que estão se delineando vai optar, porque se a situação de Dilma não é fácil, a do PMDB e do PSDB não parecem nem um pouco tranquilas. Divididos internamente, eles só tem uma coisa em comum: querem o poder a qualquer custo, uns mais, outros menos golpistas. Como muito bem disse o colunista Lele Teles o grupo Marinho desistiu do golpe porque sentiu que o povo “caiu pra dentro”. O que ele quis dizer com isso ? que uma reação contra o golpe começa a ser delineada e se faz visível na voz de banqueiros; empresários; artistas nacionais; movimentos sociais. Após a apresentação da chamada Agenda Brasil, pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, recebida aparentemente bem pela presidente Dilma Rousseff, líderes sindicais e do MST também decidiram colocar na mesa suas propostas. Pedro Stedile, líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) manifestou-se contra o golpe e defendeu que a presidente Dilma deve repactuar a agenda com os movimentos sociais e não se comportar como refém do PMDB. Várias centrais sindicais (Força Sindical, CUT, UGT, CTB, Nova Central e CSB) - como já aconteceu em outros momentos históricos deste país na luta pela democracia - se uniram para assinar um manifesto, por meio de seus principais sindicatos, em defesa da presidente Dilma Rousseff, cujo título já diz a que veio : Chamado ao diálogo pela democracia, por crescimento econômico, inclusão social e desenvolvimento nacional. No Congresso, partidos e políticos independentemente de suas agremiações se posicionam de forma mais ou menos organizada ou para garantir espaço no próximo arranjo, seja ele qual for, ou para aparecerem como vozes preocupadas e atentas aos destinos do Brasil. No PMDB, o vice-presidente, Michel Temer, se coloca publicamente como capaz de apaziguar a Nação, e recebe apoios importantes, como a de duas grandes federações de indústrias do país, FIESP e FIRJAN, que afirmam que o momento é de responsabilidade, diálogo e ação para preservar a estabilidade institucional do Brasil. Assinada pelos presidentes Paulo Skaf e Eduardo Eugênio Gouvêia a nota oficial lembra que é hora de colocar de lado ambições pessoais ou partidárias ( carapuça que deve servir a Eduardo Cunha e Aécio Neves ) e mirar no interesse maior do Brasil, da sociedade, na sobrevivência de milhares de empresas e milhões de empregos. Robson Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria, condenou na sexta, 14, em entrevista à Folha de São Paulo, eventual impeachment da presidente Rousseff e resumiu: foi eleita, tem de respeitar. Em Brasília, quatro importantes federações, publicaram nota no mesmo tom, contra o golpe e pelo diálogo, em página nobre do Correio Braziliense, documento republicado na maioria dos estados brasileiros Em nota o Bradesco também mandou seu recado ( à oposição e grande imprensa ? ): "precisamos sair desse ciclo do quanto pior, melhor". Em defesa de Temer rompeu o silêncio o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres Brito, que em entrevista ao Correio Braziliense qualificou-o de “constitucionalista dos bons, homem sensato, com condições de ser o ponto de aglutinação das forças políticas, nesse momento de consenso necessário”. Onde será que Temer quer chegar e os que o apoiam querem colocá-lo no futuro, dando-lhe, hoje, o título de “ponto de aglutinação das forças políticas“? Derrubar Dilma e dar posse a Temer ? Dividido, o PMDB tem muitos caciques com objetivos díspares. Segundo análise da jornalista Tereza Cruvinel, o senador José Serra, vislumbrando a insustentabilidade da permanência de Dilma no poder, e a assunção do vice, ensaia uma aproximação com ele, no intuito de assumir um ministério com a missão de recolocar a economia nos trilhos, cacifando-se para a disputa em 2018. Ao mesmo tempo que deu sinais de que é contra o impeachment de Dilma nas ultimas semanas, o grupo Globo rifou as pretensões de Eduardo Cunha. Se o golpe contra Dilma viesse via impugnação da chapa Dilma/Temer ( pela não aprovação das contas do governo – processo ainda em andamento ) o presidente da Câmara seria o próximo da linha sucessória à presidência da República. Em editorial do Globo, a família Marinho defendeu que o Congresso dê a Dilma condições de 'governabilidade' e outro editorial publicado pela revista Época, chamado "Piquenique à beira do vulcão", afirma que "sob o comando do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, os deputados continuam a brincar de piquenique à beira do vulcão, e que "o país espera que as lideranças do Senado Federal sejam mais responsáveis e atuem para desarmar as bombas que a Câmara deixou no caminho". Ou seja, tudo indica que Temer, Renan, tem o apoio da Globo e que o PSDB está perdendo terreno nesta disputa. O principal articulista do Globo, Elimar Santos, resumiu numa frase a situação de Aécio : “o PSDB continua falando grosso mas perderam a exuberância”. A empáfia de FHC de afirmar que não aceita dialogar na busca de uma solução de consenso para não parecer conchavo - apesar de não ter sido convidado oficialmente - demonstra que ele perdeu totalmente o bonde da história. O que todos demonstram nos últimos dias no país, é exatamente que entendem a necessidade do diálogo. Isso sim é agir em defesa da radicalização da democracia. Por Chico Vigilante * Chico Vigilante é deputado distrital pelo PT-DF O artigo foi publicado originalmente no Portal Brasil 247

sábado, 15 de agosto de 2015

O ABUSO DE PODER NOS GRAMPOS DA PF, A COVARDIA DE CARDOZO, E O INÚTIL ATAQUE A LULA

A escuta telefônica, legalmente autorizada, não abrange a violação da intimidade de terceiros, salvo estes estejam, nos contatos com aquele que foi “grampeado”, combinando ilícitos ou se referindo a informações relativas à produção de provas. Fora isso, é uma violação indevida e criminosa e é isso que a Polícia Federal está fazendo ao vazar para o Estadão que o ex-presidente Lula teria conversado duas vezes com um dirigente da Odebrecht ao telefone. Aliás, a própria data dos telefonemas, 15 de junho passado, mostra que, ainda que houvesse algo a ocultar nas conversas, ninguém seria imbecil de, a esta altura, sabendo da síndrome de Gestapo que se apossou de alguns policiais – sob a completa passividade do inservível Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo – falar de assuntos capciosos ao telefone, se existissem e devessem ser tratados. E do que falavam Lula e o empresário, segundo o relatório dos arapongas federais curitibanos? De um artigo de Delfim Netto, que você pode ler aqui, defendendo o BNDES e do elogio feito pelo velho Emílio Odebrecht a uma nota publicada três dias antes pelo Instituto Lula, rebatendo acusações feitas pela Veja sobre seus contratos para palestras. Onde está o ilícito, a suspeita, a conexão com qualquer crime dos que estejam sendo apurados? Falar de eventos e opiniões públicas e publicadas é indício de crime? Desde quando qualquer pessoa é proibida ou suspeita por conversar com outra, igualmente livre e em pleno gozo de seus direitos? Comentar o artigo de Delfim Netto, a nota publicada três dias antes, o desempenho do Corinthians ou qualquer outro assunto é totalmente legítimo e se, por acaso, foi testemunhado pelos grampeadores, não poderia ter sido sequer objeto de registro em relatórios que, adiante, serão tornados públicos, como não poderiam ser quaisquer outros diálogos não relativos a fatos criminosos. Isso é apenas o resultado de uma completa indisciplina na Polícia Federal: o delegado que vazou os tais “grampos”, Eduardo Mauat da Silva, já atacou o próprio Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, sem que houvesse providências. Vazam-se investigações, escutas, agentes treinam tiro ao alvo em caricaturas da Presidente e não acontece nada. Ou melhor. Acontece, sim: está evidente que não têm nada contra Lula, a não ser a vontade imensa de envolvê-lo, seja como for, em suspeitas e desmoralização. Estamos diante de uma espécie de distorção que gera uma Polícia de Estado sui-generis. Enquanto a Gestapo, a Statsi, a KGB, a Pide, a Dina chilena praticavam toda a sorte de abusos para “proteger” governantes, a nossa, aqui, faz o mesmo, só que para atacá-los. Como o Ministro da Justiça não cumpre seu dever de fiador da disciplina e da legalidade da ação policial e o Dr. Sérgio Moro e o esquadrão de promotores do Paraná os açula e acoberta – aos arapongas – nestes absurdos, vamos chegando a este estado policial festejado pela mídia. por Fernando Brito, no Tijolaço

Líder camponesa é assassinada no dia da Marcha das Margaridas - Portal Vermelho

Líder camponesa é assassinada no dia da Marcha das Margaridas - Portal Vermelho

CONTRA PERSEGUIÇÃO, LULA DEVE ASSUMIR MINISTÉRIO JÁ

Luiz Inácio Lula da Silva deve aceitar imediatamente um convite para integrar o ministério de Dilma Rousseff. Ao contrário do que muitas pessoas podem pensar, não se trata de um atalho para a impunidade ou qualquer outra posição privilegiada. É uma medida dramática, ainda que sujeita a vários graus de incompreensão. Mas Lula tem o direito e até o direito de se defender contra uma perseguição política cada vez mais clara, reforçada agora pela divulgação em detalhes de uma investigação em torno da empresa Luiz Inácio Lula da Silva, LILS. Diálogos telefônicos são vazados, informações financeiras sobre seus familiares vem a público, com a única finalidade de criar um ambiente favorável a um ato arbitrário. Não é difícil adivinhar o que está em curso. Aprendi, ainda nos tempos da luta contra a ditadura, que a democracia é um combate que se deve travar de modo incondicional. Os direitos e garantias democráticas que a Constituição garante a uma pessoa devem estar acima de outras considerações. Não podem ser colocados sob suspeita nem ser motivo de insinuações maliciosas. Não podem ser flexibilizados ao sabor de conveniências políticas. Existem para serem respeitados e usufruídos dentro da lei. Quando isso não acontece, a pessoa tem todo direito de tomar providências a seu alcance para defender-se. Se o preço para preservar a liberdade de Lula consiste em assumir uma cadeira no ministério, não vejo a razão para que isso não seja feito. É um político que ajudou a construir o governo que está aí. Tem representatividade inegável. E se você acha "estranho" fazer isso, pergunto se considera normal que as pessoas permaneçam presas durante meses, sem culpa formada. Que sejam pressionadas a fazer delações premiadas como único meio de recuperar a liberdade. Sei que muitas pessoas apóiam o que está ocorrendo. Eu discordo. E basta ler jornais para encontrar juristas respeitados, que pensam do mesmo modo. Não custa lembrar que situação não irá impedir a abertura de eventuais denúncias contra Lula nem que elas sejam apuradas cuidadosamente, como acontece, aliás, com dezenas de políticos já denunciados na Lava Jato. Mas irá garantir ao ex-presidente condições adequadas para defender-se, o que é difícil de imaginar que esteja ocorrendo agora. Vivemos num mundo que, como diz o ministro do STF Marco Aurélio Mello, "prende-se primeiro para apurar depois", num sistema que outro ministro, Teori Zavaski, denunciou como "medievalesco." Quem se der ao trabalho de verificar minhas notas anteriores neste espaço, verá que esta posição é coerente com o ponto de vista que defendi no passado, durante o julgamento da AP 470. Vários políticos ligados ao PSDB foram denunciados. Enfrentando provas e testemunhas, o que nem é o caso contra Lula, renunciaram aos respectivos mandatos para serem julgados em primeira instância. Não acho que eles enfrentavam uma acusação injusta. Pelo contrário. No mérito, muitos casos eram escandalosos, até. Mas se a lei prevê este direito, ele precisa ser respeitado. É o princípio de que a lei deve valer para todos e assim deve ser. Este é o preço a se pagar pela opção de viver numa democracia, ensina mestre Marco Aurélio Mello, ministro do STF. Claro que o ministro não estava falando de Lula. Definia uma regra geral que, em minha humilde opinião, pode ser aplicada a este episódio. Como disse Marco Aurélio, é um preço a pagar relativamente módico. Por: PAULO MOREIRA LEITE http://www.brasil247.com/pt/blog/paulomoreiraleite

Vazamento contra Lula. Um crime nas barbas do zé !

Vazamento contra Lula. Um crime nas barbas do zé ! | Conversa Afiada

DESMILITARIZAR A SEGURANÇA PÚBLICA É GARANTIR A VIDA NO ESTADO DE DIREITO

Por Leonardo Marcondes Machado Se o Estado é de Direito, a segurança pública não pode ser militarizada. As democracias exigem, de fato, clara distinção entre as funções dos órgãos policiais e das Forças Armadas[1]. Afinal de contas, a guerra é atividade de militares, nunca o policiamento cidadão. Por óbvio, a segurança pública, em um Estado Democrático de Direito, só pode ser de natureza civil. É bem verdade que o autoritarismo estatal festeja a militarização do controle social. Não por outra razão essa lógica de combate foi tão reforçada durante os períodos de exceção. Vale lembrar a reformulação na segurança pública brasileira promovida pelo golpe de 1964, com a transferência do policiamento ostensivo das corporações civis para as militares[2], o que permanece até hoje, além da participação direta das Forças Armadas em funções policiais e punitivas[3], dentre outras medidas adotadas para a repressão dos inimigos (políticos) à época. Nesse contexto, militarização representa o processo de adoção e emprego de modelos, métodos, conceitos, doutrinas, procedimentos e pessoal militar em atividades de natureza policial, conferindo assim natureza bélica às questões de segurança pública[4]. Vê-se, portanto, mesmo nesta leitura preliminar, que militarização não se restringe ao uso de farda ou de armas, à existência de patentes ou ao modelo disciplinar hierárquico de certa instituição. O núcleo da lógica militar reside no extermínio, na ideia de combate ao inimigo (antes político, agora criminoso). A política de segurança, nessa lógica militarizada, transforma-se Desmilitarizar a segurança pública é garantir a vida no Estado de Direito 11/08/2015 ConJur Desmilitarizar segurança é garantir a vida no Estado de Direito http://www.conjur.com.br/2015ago11/ academiapoliciadesmilitarizarsegurancapublicagarantirvidaestadodireito? imprimir=1 2/5 em tática de guerra, e os órgãos policiais passam a atuar segundo paradigma bélico[5]. As Forças Armadas e as polícias parecem, então, mudar de papel e esquecer as suas diferenças fundamentais[6]. Um breve esclarecimento. É preciso reconhecer que a militarização policial não foi invenção da ditadura brasileira. Até mesmo porque alguns estudos fazem referência a organizações policiais militares em território brasileiro no século XVI e outros no século XIX, quando de fato se criou a primeira unidade de policiamento ostensivo regular e em tempo integral, que foi a Guarda Real de Polícia, em 1809, bastante subordinada ao Exército Nacional. Há ainda quem identifique o início do processo de militarização das polícias brasileiras com o Decreto 3.598/1866, que promove a divisão das instituições em civil e militar; fenômeno posteriormente intensificado pelos trabalhos da Missão Militar Francesa, em 1906, com as forças policiais paulistas na reformulação de sua disciplina, militarização e formação de uma nova cultura[7]. Contudo, inegável o reforço ao viés militarizado da segurança pública, conforme lógica bélica de combate e extermínio de inimigos, durante o período da ditadura (ou “exceção brasileira”)[8]. Esse foi, sem dúvida, o momento de consolidação da militarização do controle social e da violência estatal. O “inimigo comunista” demandou alteração radical na estrutura de segurança, cuja mostra evidente fora a subordinação de todas as polícias estaduais ao controle e coordenação do Exército, conforme dispunha o Decreto-Lei 667/69[9]. Explica Soares que “a ditadura militar e civil de 1964 simplesmente reorganizou os aparatos policiais, intensificou sua tradicional violência, autorizando-a e adestrando-a, e expandiu o espectro de sua abrangência, que passou a incluir militantes de classe média”[10]. Ocorre que esse primado autoritário foi incorporado pela Constituição de 1988, tida como “cidadã”, na forma de “exceção permanente na segurança pública”[11]. Forças Armadas e segurança pública foram reunidas sob o mesmo título na estrutura normativa constitucional, atualmente denominado Da Defesa do Estado e das Instituições Democráticas. Manteve-se a autonomia das Forças Armadas, consideradas última instância de garantia dos poderes republicanos (artigo 142, caput, da CRFB), bem como o controle do Exército, ainda que parcial, sobre as Polícias Militares (artigo 144, parágrafo 6º, da CRFB). Essas, por sua vez, permaneceram como responsáveis pelo policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública (artigo 144, parágrafo 5º, da CRFB) ao mesmo tempo em que constituem força auxiliar e reserva do Exército (artigo 144, parágrafo 6º, da CRFB). Vale lembrar que o contrário também poderá ocorrer. A LC 97/99, que dispõe 11/08/2015 ConJur Desmilitarizar segurança é garantir a vida no Estado de Direito http://www.conjur.com.br/2015ago11/ academiapoliciadesmilitarizarsegurancapublicagarantirvidaestadodireito? imprimir=1 3/5 sobre as normas gerais para a organização, o preparo e o emprego das Forças Armadas, permite a sua atuação, “na garantia da lei e da ordem, por iniciativa de quaisquer dos poderes constitucionais”, nos termos das “diretrizes baixadas em ato do presidente da República, após esgotados os instrumentos destinados à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, relacionados no artigo 144 da Constituição” (artigo 15, parágrafo 2º, da referida Lei). Prevê, ademais, como atribuições subsidiárias das Forças Armadas, ações preventivas e repressivas de segurança, na faixa de fronteira, contra “delitos transfronteiriços e ambientais”, o que pode incluir, dentre outras, atividades de “patrulhamento” e “revista de pessoas, de veículos terrestres, de embarcações e de aeronaves” (artigo 16-A da referida Lei). A tragédia normativa só não é pior que o drama de sua realidade prática, marcada por flagrante desrespeito aos direitos fundamentais e elevado nível de incivilidade mediante perniciosa simbiose autoritária entre órgãos do Poder Judiciário, Ministério Público, polícia e Forças Armadas. As famosas Operações de Garantia da Lei e da Ordem[12], já realizadas em território nacional e admitidas oficialmente pelo governo brasileiro, podem ser tomadas como exemplo. A ocupação militarizada de espaços territoriais, normalmente acompanhada de medidas típicas de exceção, transforma-se em política de segurança pública em face da população de “consumidores falhos” (Bauman) que marcam a “ralé brasileira” (Jessé Souza). Revistas indiscriminadas, conduções coercitivas para averiguação, mandados de busca e apreensão coletivos e outros abusos constituem os meios operacionais do Estado de Exceção (Agamben) militarizado no Brasil, cujos efeitos genocidas podem ser facilmente percebidos na atual política de “guerra às drogas”. Sublinhe-se a questão central. O problema da militarização na segurança pública brasileira não se limita às polícias, tampouco a um ente específico. É evidente que a polícia precisa ser desmilitarizada, como destaca a Anistia Internacional em seu respeitado informe sobre O Estado dos Direitos Humanos no Mundo (versão 2014/2015) e reconhecem os próprios policiais brasileiros em pesquisa recente, mas não é só. É preciso afastar, na realidade, a “militarização ideológica da segurança pública”[13]. A efetiva desmilitarização está para além da substituição de nomenclatura da Polícia Militar ou mesmo de sua completa desvinculação em relação ao exército. Segundo Karam, um debate sério sobre desmilitarização não pode se concentrar apenas na ação dos estigmatizados policiais e blindar a esfera de responsabilidade do Ministério Público, do Poder Judiciário, de governantes e legisladores, da mídia, da sociedade como um todo[14]. O desafio está em 11/08/2015 ConJur Desmilitarizar segurança é garantir a vida no Estado de Direito http://www.conjur.com.br/2015ago11/ academia policia desmilitarizar segurancapublica garantir vida estado direito? imprimir=1 4/5 romper com esse “verdadeiro habitus militarizado nas questões que envolvem tanto o direito à segurança quanto a segurança dos direitos”[15]. Ou seja: superar a completa negação da alteridade que informa uma política de segurança pública entorpecida pelo ideal militar[16]. Esse é o ponto fulcral para o estabelecimento de qualquer tipo de resistência democrática. É preciso operar um verdadeiro giro paradigmático conforme o primado da razão ético-crítica. Isso significa estruturar, no âmbito normativo e prático, um sistema de segurança pública desmilitarizado pela consideração maior da vida humana. Vida humana que, segundo Dussel, “não é um conceito, uma ideia, nem um horizonte abstrato, mas o modo de realidade de cada ser humano concreto, condição absoluta da ética e exigência de toda libertação”[17]. Em suma: trata-se de uma fuga do paradigma da guerra e da morte para se estabelecer a partir da cidadania e da vida. [1] ZAVERUCHA, Jorge. Relações Civil-Militares: o Legado Autoritário da Constituição Brasileira de 1988. In: TELES, Edson; SAFATLE, Vladimir. O que resta da ditadura: a exceção brasileira. São Paulo: Boitempo, 2010, p. 52. [2] ZAVERUCHA, Jorge. Relações Civil-Militares..., p. 56. [3] SCHWARCZ, Lilia Mortiz; STARLING, Heloisa Murgel. Brasil: uma biografia. 1 ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2015, p. 467, 468. [4] CERQUEIRA, Carlos Magno Nazareth. Questões preliminares para a discussão de uma proposta de diretrizes constitucionais sobre a segurança pública. Revista Brasileira de Ciências Criminais, ano 6, nº. 22, p. 139-182, 1998. [5] L’HEUILLET, Hélène. Alta Polícia, Baixa Política. Cruz Quebrada, Portugal: Editorial Notícias, 2001, p. 199. [6] ZACCONE, Orlando. Indignos de Vida: a forma juridica da política de extermínio de inimigos na cidade do Rio de Janeiro. 1 ed. Rio de Janeiro: Revan, 2015, p. 210. [7] PEDROSO, Regina Célia. Estado Autoritário e Ideologia Policial. Coleção Histórias da Intolerância. São Paulo: FAPESP, 2005. p. 130. [8] TELES, Edson; SAFATLE, Vladimir. O que resta da ditadura: a exceção brasileira. São Paulo: Boitempo, 2010, p. 10. [9] SILVEIRA, Felipe Lazzari da. Reflexões sobre a Desmilitarização e Unificação das Polícias Brasileiras. In: IV Congresso Internacional de Ciências Criminais da PUC-RS, 2013, Porto Alegre. Anais do IV Congresso Internacional de Ciências Criminais. Porto Alegre: EDIPUC/RS, 2013. [10] SOARES, Luiz Eduardo. Por que tem sido tão difícil mudar as polícias?. In: ____ (et. al). Bala Perdida: a violência policial no Brasil e os desafios para sua superação. São Paulo: Boitempo, 2015, p. 28. [11] ZACCONE, Orlando. Indignos de Vida..., p. 248. 11/08/2015 ConJur Desmilitarizar segurança é garantir a vida no Estado de Direito http://www.conjur.com.br/2015ago11/ academiapoliciadesmilitarizarsegurancapublicagarantirvidaestadodireito? imprimir=1 5/5 [12] BRASIL. Portaria Normativa n. 186/MD, de 31 de Janeiro de 2014, publicada no Diário Oficial da União n. 23, de 03 de Fevereiro de 2014. Disponível em: . Acesso em 05.04.2014. [13] SILVA, Jorge da. Militarização da Segurança Pública e a Reforma da Polícia. In: Bustamante, Ricardo; Sodré, Paulo César (Org.). Ensaios Jurídicos: o direito em revista. Rio de Janeiro: Ibaj, 1996, p. 497-519. [14] KARAM, Maria Lucia. Violência, Militarização e “Guerra às Drogas”. In: ____ (et. al). Bala Perdida: a violência policial no Brasil e os desafios para sua superação. São Paulo: Boitempo, 2015, p. 34 - 38. [15] CASARA, Rubens R.R.. Militarização da Segurança: um sintoma da tradição autoritária brasileira. In: SILVA, Givanildo Manoel de. Desmilitarização da Polícia e da Política: uma resposta que virá das ruas. Uberlândia: Pueblo, 2015, p. 149. [16] CASARA, Rubens R.R.. Militarização da Segurança..., p. 152. [17] DUSSEL, Enrique. Ética da Libertação na Idade da Globalização e da Exclusão. 4 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012, p. 11. Leonardo Marcondes Machado é delegado de polícia civil em Santa Catarina, mestrando em Direito pela UFPR, especialista em Direito Penal e Criminologia, além de professor de Direito Processual Penal em cursos de graduação e pósgraduação. Revista Consultor Jurídico, 11 de agosto de 2015

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Marcha das Margaridas: Uma mensagem de coragem a quem defende o Brasil - Portal Vermelho

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Caiu a ficha do Gilmar: TSE não tem como cassar Dilma | Conversa Afiada

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Quero ver a Economist esculhambar o Brasil | Conversa Afiada

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Aécio tem surto golpista e diz que é candidato em 2015 - Portal Vermelho

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Livro sobre o PCdoB é publicado na China - Portal Vermelho

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terça-feira, 4 de agosto de 2015

Depoimento exclusivo a Rodrigo Vianna: “Até o final do ano, tentarão prender o Lula”

http://www.viomundo.com.br/denuncias/depoimento-exclusivo-a-rodrigo-vianna-ate-o-final-do-ano-tentarao-prender-o-lula.html

Globo 1989-2015: 26 anos de campanhas sujas contra Lula

http://cartamaior.com.br/?%2FEditoria%2FPolitica%2FGlobo-1989-2015-36-anos-de-campanhas-sujas-contra-Lula%2F4%2F34081 Globo 1989-2015: 26 anos de campanhas sujas contra Lula